José Pedro Vianna Fala Sobre as Emoções em Bate-Papo com Paradeda

No escritório suas atividades estão direcionadas para a gestão de pessoas, onde José Pedro trabalha com inovação e processos internos. “A Agrifoglio Vianna cresceu bastante nos últimos três anos, passando de 15 profissionais para 30. E esse crescimento demanda bastante escuta por parte dos gestores e líderes para que a integração e a coordenação de toda a equipe continuem sendo eficazes.“Devido à pandemia, são necessários ainda mais acolhimento e escuta, para que as pessoas continuem se percebendo como parte do todo maior que é a empresa”, explicou.

O entrevistado ressaltou que de uma maneira geral a população está tendo que aprender a lidar com os medos e as angústias, que aumentaram bastante a partir do momento que diversas pessoas estão inseguras em relação a futuro profissional, redução de salários e até demissões. Ele também relembrou os temores que envolvem a família e as pessoas próximas. “Nesse ano, mais do que nunca, toda a minha bagagem de trabalho no segmento terapêutico foi importante para que eu pudesse auxiliar nosso escritório a transpor de forma menos caótica esse momento bastante turbulento que passamos”.

Permanecendo a maior parte do tempo ao lado da mulher e da filha desde o princípio do isolamento social, o entrevistado disse que está trabalhando em home office, em Garopaba/SC. “Tenho a ótima oportunidade de trabalhar e estar perto de minha família e da natureza. As nossas emoções estão muito relacionadas com tudo que fazemos e vivenciamos.Estar próximo a natureza facilita a compreensão e a liberação de emoções desprazerosas.”

Ao ser questionado por Paradeda sobre o surgimento e o funcionamento da Escola das Emoções, José Pedro fez um resgate histórico e explicou que tudo começou devido a influência de sua mãe, Laura Agrifoglio Vianna, que leu muitos livros orientais: “comecei a ler livros de um mestre indiano e fui impactado de tal forma que nunca mais parei de estudar yoga, meditação e medicina oriental. Desde então me envolvi cada vez mais com práticas voltadas a essas temáticas”.

Ao conhecer Camila, a atual parceira e mãe de sua filha, José Pedro percebeu que ambos tinham muitos interesses em comum já que ela possuía uma linhagem espiritualista, além de fazer reiki e apometria. “Descobrimos que todas as técnicas pontuais que conhecíamos passavam pelo campo emocional. Enxergamos a emoção como uma mensageira de necessidades que precisam ser trabalhadas. Percebemos que poderíamos juntar nossos conhecimentos e habilidades e criar uma forma de oferecer uma escuta segura a quem não sabe a importância da conexão com suas emoções”.

José Pedro disse que foram criados grupos de pessoas que estavam dispostas a falarem sobre suas emoções e manifestarem os próprios sentimentos como medo, raiva e tristeza. “A partir dessas manifestações ocorre a liberação de energia para que a pessoa possa sentir-se melhor, a partir da compreensão do motivo daquilo que estava sentindo. O avanço da ciência facilitou a inserção de conceitos mais holísticos no dia a dia das pessoas, sem sofrer o preconceito da bicho-grilagem.”

Atualmente a Escola das Emoções desenvolve vivências pontuais e trabalhos mais contínuos direcionados a grupos empresariais que desejam aprimorar a comunicação empática, a integração das equipes, e a inteligência emocional.

Integrante do Clube da Pedrinha, José Pedro também faz parte do grupo Servidores da Luz que tem o propósito de auxiliar através da aplicação de reiki,parentes, amigos e colegas do mercado de seguro. O grupo é constituído por profissionais ligados ao mercado segurador.

Indagado por Paradeda qual sua percepção a respeito da pandemia, José Pedro argumentou que em sua avaliação as pessoas estão passando por situações bem significativas em suas vidas. “Por causa da pandemia muitas pessoas que tem condições favoráveis socialmente falando, não precisam mais sustentar um estilo de vida que não fazia sentido, por ser muito caro e pouco saudável. Emocionalmente falando, a população está tendo que aprender a lidar de forma mais madura com as emoções, já que o novo coronavírus é uma ameaça real. As pessoas estão tendo que se isolar, se proteger e pensar um pouco mais no coletivo, e querendo ou não, tem que conviver e aprender a lidar também com o emocional de seus familiares, o que é muito bom, porém desafiador”.