OAB RS Realiza Encontro Com Importantes Figuras do Mercado de Seguros

A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul reuniu na tarde desta quinta-feira (29) importantes figuras do mercado de seguros gaúcho para falar sobre os destaques do setor e suas tendências.

O evento Conversa de Mercado: Seguros e Previdência Complementar marcou também a primeira recepção realizada pela Comissão Especial de Seguros e Previdência Completar da OAB RS para as entidades do segmento segurador onde, em um espaço exclusivo, todas tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos.

Ricardo Villar, presidente da CESPEC e Níris Cristina Fredo da Cunha, membro da Comissão, foram os debatedores da programação que contou também com a presença de Guilherme Bini, Valdir Busch, Ricardo Pansera, Suellen Farias e Clodomiro Dorneles.

De posse da palavra, Villar, grande defensor do mercado de seguros, ressaltou a importância da união de todos os atores desta área, a fim de manter sua força, ao mesmo tempo em que evidencia para a sociedade a relevância deste produto como apaziguador social.

O presidente da CESPEC acrescentou ainda que “poucos advogados são conhecedores da matéria de seguros, o que gera conflitos, do contrário, isso resultaria em soluções mais adequadas”.

Guilherme Bini, presidente do Sindicato das Seguradoras do RS (SINDSEGRS), apresentou em nome das empresas associados à entidade, que em agosto completou 125 anos de existência e, é o primeiro sindicato existente da classe, importantes dados sobre o mercado de seguro nacional e volumetria de negócios, entre outros pontos.

“Hoje o Rio Grande do Sul representa 7,3% do mercado brasileiro, demonstrando através deste número sua importância e relevância no país. Só aqui no estado, esta área obteve 1,4% de crescimento, comprovando que fomos o último setor a ser afetado pela pandemia e o primeiro a reagir diante dela”, destacou Bini. Dados que segundo o presidente do SINDSEGRS mostram que “nada melhor que o corretor de seguros para levar a oferta aos clientes”.

Com 84 anos de atuação na área, o Sindicato dos Securitários do Estado do Rio Grande do Sul, representado na ocasião pelo seu presidente, Valdir Brusch, se mostra como detentor do importante papel de intermediar a relação de trabalho entre pessoas e empresas seguradoras. “O setor de seguros não realizou demissões durante a crise provocada pela Covid-19, mantendo o vínculo com os empregados neste período”, comemorou.

Ricardo Pansera, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do RS (Sincor RS), destacou que o estado é conhecido por ter entidades agregadas, que batalham pelo crescimento deste mercado e são próximas.

“Fomos pioneiros em denunciar seguradoras piratas com mais de 380 processos abertos em todo o país para combater a ilegalidade”, relembrou Pansera sobre os feitos da entidade que teve sua carta sindical assinada em outubro de 1942 e está presente em todo o estado, através de delegados e delegacias, que atuam como seus representantes nas cidades polos.

Também presente no Conversa de Mercado, Suellen Farias, presidente do Clube da Pedrinha do RS, afirmou se sentir em casa, “por estar dentro da Ordem dos Advogados e entre amigos”, representando a entidade que nasceu em 2005, para promover a integração entre profissionais que atuam em sociedades de seguros, previdência e capitalização, bem como prestadores de serviços nesse segmento.

“Acredito que nossa finalidade de manter o mercado unido tem sido eficaz”, comemora a presidente do Clube, que atua também através da realização de ações sociais.

Clodomiro Dorneles, vice presidente do Clube de Seguros de Vida e Benefícios, o CVG/RS, e um dos seus fundadores no ano 1990, explicou que a entidade “fomenta eventos e ideias de impacto que estimulam a cultura do seguro, criam fortes conexões profissionais e engajamentos quem faz a diferença no estado, promovendo um mercado segurador ético, sensível, inovador e transparente”

À frente do evento e conhecendo as preocupações de ambos os lados por já ter atuado como advogado, Villar exaltou a importância do corretor neste ambiente e a tentativa falha da SUSEP de desregulamentar o trabalho deste profissional.

Pansera, que considerou a abordagem deste tema oportuna, acrescentou ainda que, se aprovada, a MP 905/2019, atingiria cerca de 500 mil trabalhadores do segmento em todo o Brasil.

“A retirada deste trecho da medida com o prazo decorrido, fez com esta ideia caísse por terra, mantendo a Lei 4594 em pleno vigor, e o corretor de seguros cada vez mais forte, no mesmo patamar em que nasceu sim, mas preparado para o que der e vier”, finalizou o presidente do Sincor RS.