AMMS Debate Diversidade nas Empresas do Mercado

Na conversa, ambas apontaram a importância da maior presença de mulheres em postos de liderança e comando nas empresa do mercado.

Nesse contexto, Margo Black lembrou que as mulheres representam 55% da força laboral do setor de seguros, mas esse percentual cai bastante quando se considera apenas os cargos de liderança. “Há grande discrepância. Nosso sonho é ter 50% de mulheres em posição de liderança. Somos realistas. Não é algo que vai ocorrer do e um dia para outro. Mas, podemos avançar aos poucos”, destacou.

Já Valéria Schmitke enfatizou que “ficará feliz” quando 54% dos empregados das empresas forem negros, 50% dos cargos de comanda estiverem sendo ocupado por mulheres e for inaceitável piadas pela orientação da pessoa. “Nesse momento, a nossa missão estará cumprida”, salientou a convidada, que também é diretora Jurídica para América Latina da Zurich Seguradora.

Ela acrescentou ainda que outra meta é não ver mais as empresas fechando as portas para pessoas com mais de 50 anos. “Com as reformas, as pessoas terão que trabalhar até os 60 anos. Então, as empresas não podem ser fechadas”, comentou.

Sobre os planejamento do Idis, ela explicou que esse trajeto começou com o foco na conscientização das pessoas, passando, em seguida, pela oferta de treinamentos, o que já vem sendo feito, sejam remotos ou presenciais. A terceira meta é o monitoramento, inclusive com a distinção do “selo Idis”, que vai certificar as empresas. “A pandemia, contudo, nos obrigou a estender essa ação”, revelou.

Sobre as medidas em prol da maior diversidade nas empresas, que vêm crescendo no País, Valéria Schmitke disse que o foco não deve ser direcionado especificamente para cotas, mas para as ações afirmativas, como os programas para formação de jovens negros. “Se a empresa quer contratar mais negros, tem que fechar os gaps e exigências na formação”, sugeriu.

Em relação às mulheres, ela defendeu que se altere alguns conceitos, inclusive com a oferta de mais condições para a profissional fique mais em casa, através de um modelo que altere o home office com horários flexíveis.

PRODUTIVIDADE. Ainda nesse contexto, Margo Black disse que a maior presença de mulheres pode “fazer a diferença” nas empresas. Ela citou, inclusive, estudos segundo os quais companhias com mais mulheres em postos de liderança são lugares de trabalho mais felizes e com maiores níveis de produtividade e de resultados. “As mulheres trazem muitos benefícios, mas, ainda enfrentam muitas barreiras”, advertiu.

A presidente da AMMS destacou ainda que, em razão da pandemia, a associação precisou alterar seus planos para os eventos de 2020, muito embora já estivessem previstos mais eventos onlines para alcançar um maior número de pessoas, em diferentes cidades. “Mas, usamos nossa imaginação para realizar eventos remotos, gravações e lives Temos, agora, a nossa TV AMMS e contamos ainda com o fantástico apoio das nossas patrocinadores. Então, na verdade, não sofremos muito”, afirmou Black.