PMEs usam branding para se destacar da concorrência e conquistar clientes

Se por um lado as compras via digital aumentaram, por outro, as lojas físicas, empresas aéreas, agências de viagens e intercâmbio se depararam com um cenário caótico e viram o faturamento despencar. Grandes redes como a Ricardo Eletro, por exemplo, demitiu mais de 3 mil funcionários, além da recuperação judicial.

Já a expansão do e-commerce no país bateu o recorde em 2020, totalizando mais de 1,3 milhão de lojas online, com um ritmo de crescimento de 40,7% ao ano, de acordo com a 6ª edição da pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro, mapeamento realizado pelo PayPal Brasil em parceria com a BigData Corp.

"Reflexo da pandemia e da necessidade de digitalização das empresas, tivemos migração de grandes empresas para o digital e de pequenos empreendedores, muitos que ficaram sem emprego ou fonte de renda nesse período.", menciona a Conselheira e Estrategista de negócios, CEO da GirlBoss, Tânia Gomes Luz.

O estudo ainda mostra que em 2019, 26,93% dos e-commerces eram de pequeno porte e faturavam até R﹩ 250 mil/ano. Hoje, esses negócios passaram a representar quase a metade das lojas online (48,06%).

"Muito do que impulsionou as vendas e a visibilidade dos pequenos e médios empreendedores, nesse período incerto, foi o propósito de marca, o senso comum entre princípios da marca e do consumidor. Durante o período de quarentena surgiram várias iniciativas para o PME sobreviver a crise, e isso trouxe um novo olhar e conscientização para o público em geral.", pontua.

As marcas sempre estiveram expostas, mas a pandemia tem colocado o desempenho dessas empresas sob os holofotes. Uma pesquisa da PSB, realizada nos Estados Unidos, apontou que 88% dos entrevistados acreditam que as marcas se posicionaram para ajudar nesse período de crise e 92% dos consumidores concordam que são mais propensos a recompensar essas marcas e seus negócios.

Outra pesquisa, desta vez no Brasil, realizada pela Kantar, revelou que o coronavírus já preocupava 80% dos brasileiros. Quando questionados com relação ao tipo de publicidade em que as marcas brasileiras deveriam continuar investindo durante a crise, mais de 80% dos consumidores concordaram que elas devem comunicar seus esforços para enfrentar a situação e sobre como podem ser úteis nesse novo dia a dia, assim como evitar explorar a situação do coronavírus para promover suas marcas e empresas.

O posicionamento de marca envolve inúmeras vertentes, desde propósito, identidade visual, diferenciação de marca, persona até valores, produto, equipe e afins. Padrões devem ser evitados e desconstruídos, branding é o que sua marca é. É um conjunto, indo do propósito até o storytelling.

"Essa concepção que limita o termo branding à marca gráfica de uma empresa e apenas aos elementos visuais relacionados não é aceitável. Branding é a relação entre marca e cliente, e entre a marca e a comunidade em que ela está inserida." ressalta a empresária.

O Branding já é um termo conhecido de grandes marcas, mas para o PME que está começando um negócio ou entrando no digital o processo pode ser um pouco demorado.

"Uma boa estratégia de branding só funciona se a empresa entregar o que promete. É primordial que todos os envolvidos na sua marca, entendam e, mais que isso, vivam o propósito da marca, pois só assim seu discurso será verdadeiro para o público final.", esclarece.

O cumprimento das primeiras promessas permite que, no futuro, o cliente tenha a confiança de que você voltará a entregá-las. Isso é primordial para a reputação da marca, principalmente na era das redes sociais.

As recomendações de amigos têm um papel fundamental na decisão de compra dos consumidores. O post no Facebook e Instagram funciona como o velho boca a boca e é amplificado para milhares de pessoas via internet.

"O processo de branding é mais do que ser conhecido e ser gostável, é passar a ser confiável. De nada adianta uma boa estratégia de comunicação que não esteja atrelada ao serviço/produto real. Branding é propósito, no final do dia, não é sobre o que a pessoa vê no jornal ou nas redes sociais, mas sim, o que ela sente em relação ao que está vendo sobre determinada marca.", finaliza a CEO da GirlBoss, Tânia Gomes Luz.

Inúmeras empresas transformam seus negócios a partir de seus propósitos. A Farm, por exemplo, vende o estilo da garota carioca. A Tesla Motors produz computadores sobre rodas. A Apple não vende iphones, ela vende status, tecnologia e futuro. A Disney não é um parque de diversões apenas, eles vendem sonhos, encantamento, nostalgia, experiência e possibilidade. Esses são exemplos de como a proposta de branding influencia a cultura, os valores e a estratégia de um negócio.

GirlBoss Consultoria

Fundada em 2018, a GirlBoss Consulting oferece uma experiência única e prática para construir uma marca e consolidá-la no mercado. Desenvolvendo estratégias de marca, negócio e presença digital, com objetivo de diferenciar e impulsionar o crescimento da marca. A empresa é especializada em desenvolver estratégias de branding e digital, construindo valor para seus clientes através de seus propósitos.