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Como acelerar a recuperação de micro e pequenas empresas?

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Por Regina Fernandes

As micro e pequenas empresas pedem socorro há muito tempo. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março deste ano, essa parcela significativa de empreendedores é a que mais sente os impactos da crise econômica. Com queda média de faturamento de 51% a nível nacional, como mostra pesquisa realizada pelo Sebrae e pela FGV (Faculdade Getúlio Vargas), boa parte delas se encontra com dívidas ou prestes a fechar. Nada do que foi feito até aqui será suficiente para atravessarmos os próximos meses.

A prorrogação dos prazos de vencimento de alguns tributos federais foi fundamental para manter o caixa no início da crise. Da mesma forma, as diversas concessões de linhas de crédito – em especial, a do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) – deram o fôlego que muitos negócios precisavam para quitar dívidas com fornecedores, adquirir insumos necessários para a atividade ou mesmo para investir em inovações que o ajudariam a adquirir novos clientes.

Porém, como já era previsto, os prazos já começaram a vencer sem nenhuma perspectiva de retomar o fluxo de caixa como antes. Apesar da reabertura do comércio e de outros serviços em boa parte do país, o apetite do consumidor não é mais o mesmo. Isso porque mais de 3 milhões de brasileiros perderam o emprego durante a pandemia, segundo o IBGE. A renda familiar foi drasticamente reduzida e os gastos passaram a ser destinados somente ao essencial. Sem ter arroz e feijão na mesa, é impossível pensar em aplicar o dinheiro contado em qualquer outra coisa. Para quem está empregado, o clima de incertezas também esfria o consumo. A lógica de todos é poupar – afinal, não sabemos ao certo as consequências que essa crise ainda trará nos próximos anos.

Neste momento, com a volta da cobrança de impostos, fim da política de jornada reduzida com redução de salário e do financiamento do governo na folha de pagamento, as empresas não têm outra alternativa a não ser buscar por empréstimos. De acordo com o estudo do Sebrae mencionado anteriormente, a parcela de micro e pequenos empresários atrás de financiamentos cresceu de 30%, em abril, para 46%, em junho.

A ajuda do governo demorou a chegar – e quando veio, durou pouco. A linha de crédito do Pronampe esgotou em apenas um mês e mal deu para todos. A nova liberação para o programa, no valor de R$ 12 bilhões, terá de ser organizada para atender pelo menos três situações diferentes: empresários que já haviam dado entrada na documentação, mas não conseguiram o empréstimo; novas solicitações de quem ainda não havia se beneficiado pelo programa; e ainda novos pedidos de quem conseguiu o empréstimo anteriormente, mas cujo valor foi insuficiente para reavivar o negócio.

Novamente, há de se esperar que esses R$ 12 bilhões não serão o bastante e se esgotarão com facilidade. Boa parte das micro e pequenas empresas está na UTI, implorando por ajuda. Mas, uma vez com esses recursos em mãos, é preciso que os empresários saibam exatamente como aplicá-los. Sabendo que o consumo da população reduziu, deve-se ter uma boa gestão de caixa e uma relação próxima com o contador, garantindo, assim, a saúde organizacional. Também é importante negociar com bancos e fornecedores, buscando as melhores oportunidades para quitar as dívidas.

Por fim, sabendo da dificuldade de o governo oferecer novas liberações de crédito, as empresas precisam pensar em maneiras de se tornarem mais independentes. Reduzir custos, buscar inovações e criar parcerias comerciais estratégicas são algumas medidas com poder de dar sobrevida aos negócios. Infelizmente, sem saber onde essa crise irá nos levar, é difícil fazer planos, mas uma coisa é fato: será impossível vencer fazendo mais do mesmo. Precisamos fortalecer as novas ideias e criar novos caminhos para comercializar. Entender o que o cliente espera de você é fundamental para adaptar suas ofertas.

Procure buscar sobre inovação, seja para aplicar esses conceitos em produtos, serviços ou mesmo no seu modelo de negócio. Certamente, refletir sobre a sua atividade irá ajudá-lo a entender melhor esse momento e como se sobressair. Com essa atitude, será possível acelerar a recuperação da sua empresa!

Regina Fernandes é perita contábil, trainer em gestão, mentora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PME´s do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital.

Sobre a Capital Social

A Capital Social é um escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PME's do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital.


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