Não é o home office que veio para ficar. É a flexibilidade, diz diretora de RH da Porto Seguro em live

Rivaldo Leite lembrou que a companhia está remota há 5 meses e questionou a diretora como está esse período. “Foi uma experiência desafiadora”, disse.

A executiva contou que foi criado um comitê de crise para definir como seria feita a transição para o home office. Ela listou alguns desafios: “Sistema, porque tínhamos preparo mas não achávamos que seria tão rápido e conseguimos colocar as pessoas trabalhando em casa de maneira eficiente; a gestão porque não nos imaginávamos fazer a gestão a distância”, disse.

Ela lembrou ainda que a companhia estava no auge da essência. “Tínhamos preparado todo um processo e as coisas mudaram de rumo e conseguimos fazer um processo virtual. Foi um desafio de como manter os rituais. Café com funcionário…..como manter? E conseguimos fazer de uma maneira melhor, incluindo todas as sucursais e fazemos virtualmente”, explicou.

A executiva lembrou ainda que em casa as pessoas, apesar de terem que se dividir com as tarefas de domiciliares, estão mais produtiva. “O que me preocupa e divido isso com os gestores é como trazer o equilíbrio porque não conseguimos desligar”, ressaltou.

Rivaldo contou que a primeira semana foi muito difícil “até a ficha cair e se organizar foi bem difícil e nem todas as pessoas têm essa característica”, completou.

Ela disse que há uma conversa interna sobre essa questão. “Tem uma hora que precisa parar. Responder uma mensagem, coisas rápidas, mas é preciso sinalizar que é preciso fazer atividade física. Estimulamos os funcionários a fazer isso virtual e com a família toda”, pontuou.

Outro assunto que ela abordou foi sobre o que fazer com o tempo que antes era gasto na locomoção. “Temos a plataforma de treinamento, Porto Educ e descobrimos que a educação a distância pode ser acessível para todos”, disse.

Ela revelou que a Porto Seguro não deve adotar o sistema home office 100% para seus colaboradores. “Não é o home office que veio para ficar. É a flexibilidade. Tem dias que a pessoa precisa estar no escritório”, analisou.

Carol disse que é preciso adaptação. “Precisamos da interação. Empresas que tomaram a decisão de ser 100% remoto, como vão conseguir encontrar o elo cultural do funcionário com a empresa?”

Rivaldo destacou ainda que o home office pode não ser bom para todos os funcionários. “Nem todos vão se adaptar. É preciso colocar isso na conta porque influencia na produtividade”, pontuou.

Carol lembrou ainda que algumas pessoas não conseguem ser produtivos no home office porque não conseguem trabalhar sozinho ou porque não tem um lugar em casa para trabalhar. “É importante entender a necessidade de cada um e a gente, como líder, tem que ajudar no desenvolvimento de cada um”, destacou.

Ela contou ainda que mesmo durante a quarentena, foram feitas contratações nesse período e esse modelo de contratação à distância veio para ficar. “Já fazíamos esse modelo para as regionais. No processo seletivo o mais importante é o que queremos”, revelou.

Muitos corretores que acompanhavam a live enviaram perguntas para Carol. Entre elas se haveria mudança na legislação por conta do home office. Ela explicou que o modelo home office pode ser implantado para funcionários CLT. “ É preciso apenas fazer uma alteração no contrato de trabalho”, explicou.

Ao final da Live Carol destacou que é preciso aproveitar esse momento como oportunidade para fazer diferente a partir de agora. “Como podemos ficar perto do time, como fazer um relacionamento virtual com meus clientes?”, encerrou.