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A cultura como alicerce em tempos de incerteza

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A cultura como alicerce em tempos de incerteza

*por Luciana Carvalho, VP de Gente e Performance do Grupo Movile

Diante de todas as mudanças que estamos acompanhando no nosso país e globalmente, você, assim como eu, deve estar se questionando sobre o futuro dos negócios no contexto da COVID-19. Discussões relevantes como trabalho remoto, produtividade dos times e reflexos na economia, tem tomado conta das nossas redes sociais e noticiários. A situação preocupa e a ansiedade, muitas vezes, é inevitável.

Acredito, no entanto, que bases fortes sustentarão nossos times e negócios — como os valores, visão compartilhada e a postura das lideranças das organizações. Mais do que nunca, colocaremos à prova se a cultura é forte o suficiente para ser alicerce em períodos de crise. Nossos esforços (e isso não é só papel do RH) agora devem estar em planejar como vivenciar a cultura dentro das circunstâncias de distanciamento social e com as emoções tomando conta de todos nós - como medo, insegurança, tristeza e ansiedade.

Compartilho alguns insights que acredito que possam ajudar na manutenção da cultura das companhias em tempos incertos para todos.

O exemplo tem que vir da liderança

O que parece óbvio, até mesmo se não estivermos em crise, certo? Mas momentos como esse pedem que as lideranças sejam as primeiras responsáveis por mostrar que o comprometimento com a cultura é prioridade e não vai deixar de ser em novos modelos de trabalho ou diante de adversidades. Nós ditamos o tom de cultura que vai se instaurar durante a crise.

As lideranças podem, por exemplo, abrir diálogos frequentes com os seus colaboradores para entender melhores métodos remotos de vivenciar a cultura, com clareza de próximos passos, até que a crise desacelere e dê espaço para a volta às práticas de sempre. Ou pode ser uma oportunidade para descobrir novos costumes que podem se tornar hábitos futuramente. No fundo, a transparência é o que importa e gera a sensação de conforto e cuidado em nossa gente. O que me leva ao nosso segundo ponto.

Transparência nas informações é uma ação estratégica

Munir os colaboradores com a maior quantidade possível de informações neste momento, ainda que ele tenha sua dose de incertezas, é uma ação extremamente estratégica.

Muito além de combater ansiedades, a transparência colabora para que não seja instaurado o cenário cultural de medo e conservadorismo, já que todos precisam de informação para manter o nível de autonomia e tomada de decisão necessário para a continuidade do negócio. Para isso, sugiro que estabeleçam canais que tornem as informações acessíveis, sejam plataformas de gerenciamento de tarefas, sejam momentos diários ou semanais com o time.

Os sistemas de controle terão que dar lugar à confiança

O trabalho remoto já parte da premissa de confiança extrema no time e em sua auto-responsabilização. Não é possível, nesse modelo, olhar para horas trabalhadas como garantia de produtividade, mas sim para os resultados entregues no final do dia. Pense que a adaptação ao contexto familiar vai interferir bastante na rotina e a flexibilização de horas trabalhadas será necessária.

Delegar responsabilidade vai ser inevitável. E aqui, novamente, a certeza de que o time se sustenta em uma cultura coerente de alta adaptação é essencial. Se você ainda não tem confirmação de que a cultura da sua empresa está consolidada o suficiente para isso, agora terá. E, caso não esteja, sem pânico: é o momento ideal de tirar o raio-x. Reforçar o que dentro da cultura ainda faz sentido, e reavaliar o que pode dar lugar a outros hábitos, comportamentos e valores.

Preservar o que é base e estimular a adaptação
Acredito que é importante preservar, virtualmente, tudo o que é core para a empresa. Ações simples como disparos de mensagem com dicas, avisos e conteúdos para ajudar na adaptação e um cuidado redobrado com a saúde mental das nossas pessoas chamam atenção, porque as pessoas já esperam um distanciamento e solidão maiores automaticamente. Me pergunto, também, até onde vai a criatividade do nosso time para romper essas barreiras físicas e continuar cultivando nossos ritos de cultura virtualmente.

Por fim, deixo uma última reflexão. Apesar de estarmos falando aqui sobre a manutenção da cultura existente, é quase inevitável que não surjam mudanças ou comportamentos fora da curva. E isso nem sempre é prejudicial. Quais mudanças podem ou devem ocorrer para que o núcleo da sua cultura seja preservado e, ao mesmo, tempo, possamos abrir espaço para o progresso que vem por meio de novas experiências e vivências? Estou ansiosa para saber, daqui a algum tempo, quais outros ritos de cultura e bons comportamentos terão surgido de um momento de dificuldade como este. A reinvenção e os desafios sempre nos levaram pra frente, e tenho certeza de que agora não será diferente.

*Luciana Carvalho é formada em psicologia, com formação no Programa Executivo de Negócios da Universidade de Stanford. Tem vasta experiência em recrutamento e gestão de talentos. É VP de Gente e Performance do Grupo Movile, ecossistema de empresas de tecnologia líder na América Latina, onde está há mais de cinco anos.


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