A importância do trabalho prático nas universidades

Ter a possibilidade de ter um emprego tornou-se algo muito difícil hoje em dia, a falta de oportunidades no mercado de trabalho faz com que milhares de cidadãos passem dificuldade diariamente na busca de um serviço. Segundo o IBGE, o desemprego já atinge cerca de 13,4 milhões de pessoas no Brasil. Com isso, a necessidade de se preparar se tornou ainda mais imprescindível, já que ainda assim, as chances se reduzem a cada ano.

A falta de oportunidade não passa apenas por pessoas que não tiveram a chance de estudar. Atinge, inclusive, recém formados que encontram na falta de experiência uma das justificativas para esbarrar nas rejeições em entrevistas. A preparação para tentar evitar esse fenômeno que já aumentou em 1,2 milhões o número de desempregados, em relação ao trimestre passado, deve começar desde cedo, na própria universidade.

Em algumas faculdades do país, os alunos têm a chance de participar de atividades extracurriculares que permitem aos estudantes aprender na prática algumas exigências do mercado de trabalho. Essa oportunidade faz a diferença para que, desde cedo, os jovens que representam o futuro do país possam estar preparados. Normalmente, o aprendizado fica ligado exclusivamente ao ensino teórico, o que de fato é importante, mas quando fica apenas na sala de aula, pode inibir o conhecimento sobre o assunto após algum tempo.

É importante, que tudo que for aprendido nas universidades seja explorado, assim, o próprio aluno já sabe em que áreas da sua profissão ele tem mais empatia e pode aperfeiçoar seu talento naqueles segmentos. Hoje, o mercado exige que os profissionais tenham mais de uma especialização. O ideal é que cada funcionário consiga fazer mais de uma função na empresa, já que existe um fluxo maior de startups, instituições com poucos funcionários, mas com alta demanda.

Em boa parte das universidades do país, os estudantes têm a primeira oportunidade de mostrar serviço em estágios, quando já estão trabalhando diretamente em empresas, porém, esse tipo de emprego também passou a exigir dos alunos um certo nível de experiência, não exigido antigamente. O mercado está mais competitivo e quando alguém é preparado desde jovem a empreender, assinar contrato como prestador de serviços e criar responsabilidades, se torna possível assumir uma posição de maiores possibilidades.

Existe um ditado que diz "a prática leva a perfeição" e quanto mais sistemas de educação se adequarem a esse movimento, a probabilidade de um existir um futuro melhor para cada jovem estudante é muito maior. As empresas que contratam jovens, buscam o inovação, criatividade e capacidade, e quanto mais explorado isso desde cedo, maiores as chances de sucesso tanto do contratante quanto do contratado.

A consequência dessa preparação desde a juventude é positiva, não apenas para os próprios alunos, que terão uma melhor capacitação, mas também para o Brasil, que terá mais profissionais competentes em todas as áreas do mercado. A educação é a principal chave para o fim da desigualdade e de uma diminuição no número de desempregado no Brasil..

Renan Nishimoto - Presidente Executivo da Brasil Júnior

Graduando em engenharia civil pela UNESP, Renan Nishimoto é o atual Presidente Executivo da Brasil Júnior, confederação que representa 800 empresas juniores em 165 universidades do País e gira uma média de 30 milhões de reais por ano. Há quatro anos no movimento, ele foi presidente da Pro-Júnior, focada em projetos de Engenharia e Arquitetura, assessor da FEJESP (Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo), além de ter sido responsável pela área de negócios na Brasil Júnior, em 2018. Renan foi voluntário e coordenador geral do projeto social "Ao Vivo e em Cores", responsável por revitalizar escolas públicas e comunidades de Bauru, cidade no Interior de São Paulo.