Brasil,

E o que muda na precificação do seguro com o Cadastro Ambiental Rural (CAR)

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Por Karin Fuchs / REVISTA COBERTURA

Cada vez mais, a agricultura sustentável tem sido tema nas rodas de debate mundiais. O que não poderia ser diferente. Se hoje a população mundial é de 5 bilhões de habitantes, em 2050 chegará a 7 bilhões. Consequentemente, a demanda por alimentos irá dobrar e o Brasil é protagonista nesse cenário.

Novas práticas e tecnologias deverão ser aplicadas no campo, o que muda a análise de riscos e a precificação do seguro agrícola, como a necessidade de diversificação de investidores, conforme exposto no Fórum de novas tecnologias e tendências para o Agronegócio sustentável, promovido pelo Araripe – Instituto de Políticas Públicas, na ESPM, no dia 30 de outubro.

Cláudio Maes, membro do LAB (Laboratório de Inovação Financeira) e coordenador de Educação Financeira da CVM (COE), falou sobre a atuação do LAB, lançado em 2017, uma iniciativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para promover a união de atores do sistema financeiro, mercado de capitas e da sociedade. O objetivo é criar mecanismos para o desenvolvimento sustentável no país, abrangendo o financiamento verde e títulos verdes, em setores como energia, transporte, agricultura e água.

Um dos mecanismos é o fundo first loss. “Um fundo de recebíveis de crédito, formado por um grupo de investidores que tem apetite para assumirem os eventuais primeiros riscos. Já foram três produtos lançados, produtos do grupo finanças verdes. Ainda não temos nada no radar do agronegócio, mas não que não possamos verificar quais são as necessidades para saber como o LAB pode suprir essas demandas”, disse Maes.

Segundo ele, o selo verde para o agronegócio permite atrair capital mais barato e uma base de investidores mais diversificado, com a redução do risco e aumento da previsibilidade, bem como inovações e desenvolvimento de produtos, o que inclui seguros.

Novas fontes

“Até 2050, a produção anual de alimentos no mundo terá que dobrar e o Brasil terá que contribuir com 40% deste crescimento. Hoje, o mercado financeiro, bancos públicos e o crédito rural não são mais suficientes para financiar a demanda, e serão menos ainda com essa demanda que virá. Um caminho é o mercado de capitais”, avaliou Oswaldo Junqueira Franco – AgroEconomics, consultoria independente focada na capacitação de agricultores.

E principalmente incentivando boas práticas de manejo e gestão no campo, o que se traduz em bônus, segundo ele, “descontos junto aos tomadores de recursos, para que o produtor rural tenha acesso a um capital mais atrativo, e possa investir e ter um salto de produção. O nosso foco é contribuir para que essa mudança seja feita de forma sólida. E a partir do momento que se intensifica a tecnologia, há mais sustentabilidade no negócio”.

Cofundadora da Resultante Consultoria Estratégica, Maria Eugênia Buosi, comentou que a chance de o Brasil atrair capital estrangeiro é desenvolver projetos sustentáveis. “Um produtor rural precisa ter projetos alinhados ao desenvolvimento sustentável, o que já pode ser um projeto subsidiado, mas as certificações (ambientais) são fundamentais”.

Ela defendeu que é importante capacitar profissionais do agronegócio e do mercado de finanças, aprimorar a educação e trazer novos conhecimentos. “Os investidores terão interesse se houver boas práticas de análise de risco, relatórios de sustentabilidade”.

Precificação do seguro

Head of Agro Underwriting Brazil na Swiss Re Corporate Solutions, Gabriel Bruno de Lemos, destacou a importância do seguro rural para garantir a sustentabilidade de toda a cadeia que envolve o agronegócio, principalmente em uma situação extrema de quebra de safra. “E o governo precisar dar o subsídio, custear parte do prêmio do seguro agrícola, para torna-lo acessível a todos e dar mais sustentabilidade para a cadeia”.

E novas tecnologia permitem identificar quais são os melhores produtores rurais e oferecer uma precificação de seguro diferenciada. “O que nós já temos feito, conhecendo exatamente a localização do risco, para poder oferecer condições melhores para eles, mas sem excluir os produtores menores”.

A partir de 2019 será obrigatório o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para liberação de empréstimos e financiamentos a produtores rurais. Lemos comenta: “ele ainda não é obrigatório, pois excluiria muitos produtores. Não se pode fazer essa transição, sem dar tempo para eles se adaptarem. Mas o CAR é inerente ao processo, permitirá conhecermos melhor o risco, hoje feito a partir da base municipal, e, assim, precifica-lo”.


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