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Robert Pearl destacou semelhanças nos desafios mundiais da Saúde em palestra no 4º Fórum da FenaSaúde

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Cristiane Simões
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A palestra do diretor executivo e CEO do The Permanente Medical Group e professor de Medicina e Administração em Saúde da Universidade de Stanford, Robert Pearl, sobre ‘Os dilemas da assistência à saúde no mundo’ mostrou que o Brasil tem problemas semelhantes a outros países no setor de saúde e que existem quatro pilares básicos que podem reverter a situação da maioria das dificuldades do setor.

A primeira mudança deve acontecer é na integração de serviços de atendimentos de procedimentos e prontuários, ou seja, os médicos, hospitais e pacientes devem ter uma única referência. “Hoje o sistema é fragmentado. Se integrarmos todos haverá uma coordenação do atendimento. Não há concorrentes, haverá uma equipe em busca da solução”, explicou o palestrante. O outro ponto tratado foi a necessidade de mudar a forma de remuneração. O pagamento por serviço (fee for service) não oferece um tratamento completo, nem leva em consideração a prevenção. “Já é provado se há um olhar integral do problema, o paciente não morre de causas simples, como assepsias”, explicou.

Os dois pilares seguintes tratam do uso da tecnologia e da necessidade de preparo do profissional. “Existe muita tecnologia disponível, mas precisamos ter um prontuário eletrônico. Os médicos têm muitas informações do paciente que não vão para lugar nenhum. Se todos tiverem as informações do paciente, será muito mais rápido com acesso aos diagnósticos anteriores do paciente. Por fim, a educação deste setor teria que pensar em um intercâmbio entre faculdades de medicina e administração. Precisamos de líderes médicos para desenvolver equipes e grupos que pensem não só na doença e no tratamento específico, ma sim no paciente, na gestão do sistema através de um olhar global”, finalizou Pearl.

Economia e Saúde no cenário Brasileiro

No primeiro debate do dia, Marcos Lisboa, diretor-presidente do Insper, sintetizou as necessidades do setor em uma única palavra o “diálogo”. Para ele, uma real mudança na economia e saúde no Brasil só acontecerá com uma conversa entre todos os setores. “Sem diálogo, sem sentar com judiciário e com os reguladores, não tem caminho possível”, afirmou.

Ele fez um amplo panorama dos desafios do Brasil nos próximos anos, ressaltando o grave problema fiscal, a necessidade urgente da reforma previdenciária, além da acentuada crise dos governos federal, estaduais e municipais. “Falta dinheiro para infraestrutura, saneamento, investimentos em todos os setores. Isso é resultado de dez anos de desonerações, benefícios e subsídios para o setor privado. Protegemos setores e criamos distorções tributárias. A crise fiscal significa menos hospitais, menos dinheiro para a educação, menos investimento para o país”, afirmou.

Para Lisboa, na área da Saúde Suplementar o maior problema a falta de diálogo. “O judiciário toma decisões que não são viáveis. As regulamentações são feitas sem debates necessários com o setor. O Brasil está encolhendo. Temos que tratar os problemas com maturidade. Não é um momento de otimismo, mas precisamos enfrentar os problemas de desperdício e má gestão. Temos que ter uma agenda para melhorar a eficiência dos gastos. Há necessidade de reestabelecer o diálogo. Os problemas são grandes, mas cabe a nós resolvermos tudo com muito debate”, finalizou o diretor-presidente do Insper.

Durante o debate, todos os participantes concordaram que existem muitos problemas no setor, que a fragmentação é um grave problema é que o paciente deve ser o centro do debate. Para Manoel Peres, diretor-presidente da Bradesco Saúde e Mediservice, o empoderamento individual do médico, sem pensar no coletivo não é factível para a solução do problema do paciente. O que foi reforçado por Romeu Cortes Domingues, presidente do Conselho de Administração da DASA, que complementou que há necessidade também de combater as práticas inadequadas. “Temos que mostrar o custo para o paciente. Temos que ter critérios e mudar a prática médica. Se o profissional for cobrado pelo resultado e pensando no paciente vai ajudar. Temos que usar a tecnologia de forma sustentável”, explicou Domingues.

A insatisfação do setor envolve todos os setores. Para Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), a judicialização, o aumento da frequência, a falta da atenção primária, entre outros problemas fazem com que existam dificuldades em toda a cadeia da Saúde Suplementar. “Precisamos de mais protocolos dentro dos hospitais para uma medicina mais adequada e racionalizada”, afirmou.

Já Leandro Fonseca, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), afirma que há necessidade de um olhar sobre o todo. “O pagamento por procedimento reforça a fragmentação, traz desalinhamento de interesse entre operadoras, prestadores e o beneficiário. O setor está em risco devido a escalada de preços. É necessário discutir o Rol, mecanismos financeiros e colocar o beneficiário no centro do sistema para entregar valor ao paciente. Isso vai permitir que a oferta seja direcionada para entrar em um círculo virtuoso de melhor entrega de saúde”, concluiu.


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