Educador Financeiro mostra comportamentos para se investir, com sucesso, por conta própria

“O investidor pode ser induzido e ficar limitado aos produtos oferecidos pelos bancos

Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizada em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) revelou que a maioria dos brasileiros prefere consultar o gerente de banco ou a internet na hora de escolher como e onde investir.

Segundo o levantamento, 53% dos entrevistados optam por buscar orientações financeiras no próprio banco onde possuem conta, enquanto 47% consultam a internet. A primeira fonte é mais utilizada por pessoas acima de 55 anos e o virtual pelos os mais jovens. Amigos e parentes, consultores especializados e programas de TV também foram citados como fontes de informações para investir.

O educador financeiro, André Massaro, destaca a importância de se conhecer o próprio perfil na hora de escolher um investimento. “O investidor pode ser induzido e ficar limitado aos produtos oferecidos pelos bancos (https://bit.ly/2ChdphU). O indicado é que a própria pessoa defina as suas escolhas diante das possibilidades e objetivos financeiros”, orienta Massaro.

A pesquisa mostra ainda que 60% dos investidores investem sempre no mesmo tipo de aplicação (ou seja, não diversificam os investimentos) e 24% costumam copiar investimentos que as outras pessoas fazem, sem antes verificar se é o mais indicado para o próprio perfil e objetivos.

Muitos investidores, em especial os iniciantes, sentem-se inseguros ao começar a investir, principalmente por medo de possíveis perdas ou pelo próprio desconhecimento do mercado. Muito disso está atrelado ao perfil conservador do brasileiro que demonstra receio em investir em opções mais arriscadas. Em tempos de conta digital, de corretoras e robôs de investimento, sete em cada dez brasileiros ainda preferem deixar o dinheiro na Caderneta de Poupança, mesmo com a Selic (a taxa básica) batendo recorde histórico (para baixo) de 6,5%, com projeção para 2019 em 8,00% ao ano.

A pesquisa entrevistou cerca de 700 investidores na primeira quinzena de agosto de 2018. Dentre as explicações para o comportamento conservador do investidor brasileiro, está a pouca (ou nenhuma) familiaridade com opções que fujam dos padrões considerados tradicionais, na sua grande maioria representados pela renda fixa.

Massaro explica que o investidor pode investir por conta própria desde que conheça a fundo o investimento escolhido. “Entender o mercado financeiro e definir boas estratégias é um trabalho de dedicação”, enfatiza o educador. Ele ainda aponta comportamentos essenciais para quem quer investir sozinho e com sucesso em qualquer tipo de investimento.

1- Conheça o perfil de investidor

O primeiro passo para escolher qualquer tipo de investimento é descobrir o próprio perfil de investidor: mais conservador (ou seja, prefere correr riscos baixos em troca de rentabilidades menores), moderado (aceita bem certo nível de risco) ou arrojado (inclinado a correr riscos altos em busca de maiores retornos).

Existem investimentos diferentes e mais recomendados para cada caso. Por exemplo, no perfil conservador, pode ser que o investidor não consiga lidar tranquilamente com as oscilações do mercado de ações. Desta forma, o perfil ajuda a evitar frustrações ou quebra de expectativas.

2- Acompanhe e gerencie os investimentos

Não basta escolher o investimento correto e não acompanhar. É preciso definir parâmetros e acompanhar o desempenho para saber se “está no caminho certo” ou se é preciso mudar de estratégia.

3- Busque Conhecimento

Vários vídeos e cursos, em especial pela internet, ensinam as melhores modalidades de investimento e como investir de forma independente. Há formações voltadas para várias áreas do mercado financeiro. Através desses conhecimentos é possível não só ampliar o patrimônio, como diversificar a carteira com produtos (https://bit.ly/2yEL8hP) que realmente encaixam no perfil estabelecido. Bons conteúdos ajudam a preparar investidores para encararem, com autonomia, qualquer cenário financeiro.

Investir dinheiro sozinho é algo possível, basta estudar o mercado e aperfeiçoar a estratégia conforme o perfil e objetivos financeiros. Um investidor que cuida ativamente do próprio dinheiro possui inúmeras vantagens, como visão de longo prazo (profissionais do mercado muitas vezes são obrigados a tomar decisões de curto prazo para justificar o trabalho), controle total dos investimentos (inclusive custos e taxas), foco no que realmente importa sem qualquer conflito de interesses e investir de qualquer lugar do mundo, até pela própria tela do celular.