Workshop Seguro de Automóveis – Sucesso de público e crítica

O gerente da HDI Seguros, Giovani Menger, demonstrou que o roubo de veículos é responsável por uma diferença de 50% no valor da apólice na comparacão entre uma cidade do interior e Porto Alegre. “Se compararmos hipoteticamente uma amostragem de mil carros em Santa Maria e em Porto Alegre, enquanto 1 é roubado ou furtado no interior, esse índice sobe para 15 na Capital”, explica Menger. Essa diferença na quantidade de veículos roubados/furtados, provoca um custo 50% maior no custo das apólices em Porto Alegre. Além do índice de roubos, entram na conta do custo do seguro outros aspectos como comissão do corretor, despesas administrativas, colisão de casco, colisão de terceiros e colisão com perda total. No valor final, ainda são levados em consideração características específicas de cada condutor (sexo, idade), cep de moradia e hábitos de uso do veículo.

Giovani acredita que mesmo com o avanço das novas tecnologias no mercado de seguros, a figura do corretor de seguros deve seguir importante nos próximos anos como um consultor e intermediário entre a seguradora e o cliente. “O corretor agrega valor, orienta sobre novos produtos e pode oferecer soluções personalizadas para cada um. Temos um novo cenário em que os consumidores irão ditar o rumo do mercado, indicando que tipo de produtos eles tem interesse”, afirma. Para ele, é preciso que as empresas se adaptem a esta nova realidade para que não fiquem obsoletos e descartáveis. “É muito importante olharmos para o nosso mercado, pois não podemos levar em consideração os EUA ou Europa. Aqui temos a consolidação dos aplicativos de transporte até mesmo em virtude da nossa falta de infraestrutura logística, mas não acredito que o carro compartilhado seja uma realidade. Já o carro elétrico é uma realidade que irá requerer uma adaptação nossa”, disse.

Enquanto o atendimento e contratação devem depender ainda muito do aspecto humano, a área técnica depende muito da tecnologia. “O que precisamos hoje no sinistro é atender um cliente cada vez mais exigente, querendo mais assertividade e agilidade. Hoje temos a tecnologia, onde jogamos as informações e o sistema faz tudo, reduzindo assim o erro humano”, destacou o gerente de sinistros da HDI Seguros, Edson Luceiro. Para ele, a ausência de peças de reposição é um problema do mercado e o foco não tem que ser este, tem que ser no cliente que está com o carro parado. “Carro parado não é bom nem para a seguradora, que precisa disponibilizar carro reserva, nem para o cliente, que se incomoda de estar sem seu veículo”, afirma.