Carga tributária prejudica multinacionais brasileiras

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstra que a carga tributária para as empresas atuantes no Brasil continua fora da curva em relação a outras nações. No estudo “A evolução histórica das alíquotas de imposto de renda em diferentes países e as potenciais consequências para o Brasi”, feito em parceria com a Ernest Young, constata-se que a média do imposto sobre a renda pago por empresas nos demais países é de cerca de 22,96%, ao passo que no Brasil a alíquota atinge 34%.

Ao mesmo tempo, o levantamento relata que, entre 2000 e 2016, a média dos impostos dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) caiu de 32% para 23,98%. No Brasil, manteve-se inalterada nesse período. “De todos os países do mundo, apenas 30 têm alíquotas acima de 30%. O Brasil está isolado. Concorrentes nossos, inclusive na atração de investimentos, como Argentina, Estados Unidos, França e Japão, já reduziram suas alíquotas. Se não fizermos a reforma tributária com redução da carga, as empresas que têm investimento no exterior ficarão ainda menos competitivas”, declarou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Ele explicou que empresas brasileiras com investimentos no exterior pagam à Receita Federal a diferença entre a alíquota dentro e fora do país. Enquanto isso, nos Estados Unidos, uma multinacional brasileira paga 21% de imposto sobre a renda, assim como uma empresa canadense ou chilena. No entanto, enquanto a tributação das empresas de outras nacionalidades se encerra no solo norte-americano, a brasileira paga mais 13 pontos percentuais à Receita para completar.

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