Brasil registra 90 milhões de atendimentos relacionados à insuficiência renal em 2023

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou 90 milhões de atendimentos ambulatoriais relacionados à insuficiência renal no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023. Comemorado anualmente na segunda quinta-feira do mês de março (em 2024, no dia 14), o Dia Mundial do Rim tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção das doenças renais, que quando descobertas tardiamente podem acarretar sérias complicações no órgão.

O rim desempenha um papel vital no corpo humano, sendo responsável pela filtragem de resíduos e toxinas do sangue, regulação do pH, níveis de eletrólitos, manutenção do equilíbrio hídrico e até mesmo controle de pressão arterial. A insuficiência renal é uma condição na qual os rins perdem a capacidade de realizar suas funções básicas. Existem dois tipos dessa condição: a insuficiência renal aguda (IRA), caracterizada pela perda rápida e potencialmente reversível da função renal; e a doença renal crônica (DRC), quando há uma perda progressiva e irreversível da função renal.

Segundo a nefrologista e coordenadora médica do Hospital Japonês Santa Cruz, Dra. Rebeca Appel, as principais causas de insuficiência renal são diabetes e hipertensão. Outras causas também bem comuns são: medicações - principalmente os anti-inflamatórios, infecções, pedra nos rins, doenças renais policísticas e glomerulopatias (doenças normalmente relacionadas a uma agressão imunológica ao rim). "Se não diagnosticada e tratada adequadamente, a doença renal pode progredir para perda do funcionamento do órgão, situação em que é necessária a terapia de substituição renal, isso é: hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal. A doença renal crônica, independente do seu estágio, aumenta o risco de problemas cardiovasculares, como infarto e AVC", ressalta.

A doença renal costuma ser silenciosa, e os sintomas só aparecem quando os rins estão à beira da falência. Os sintomas são: inchaço nas pernas ou no rosto, perda de apetite, náuseas e vômitos, coceira e soluços constantes, sonolência, entre outros. Outros sinais que são observados são anemia e aumento da pressão arterial. Como esses sintomas só aparecem em casos mais avançados é importantíssimo a realização de exames anuais de check-up para o diagnóstico precoce da doença renal. Isso é feito através de exame de sangue, a dosagem da creatinina, e exame de urina.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cuidar da saúde global é fundamental para proteger a saúde renal. " Isso é feito tendo hábitos saudáveis como realizar atividade física regularmente, reduzir o consumo de sal e o consumo de alimentos industrializados, beber água, controle do peso corporal. Além de evitar uso de cigarro, álcool e drogas; uso abusivo de anti-inflamatórios, tomar medicações apenas com prescrição médica; controlar adequadamente a pressão arterial, o colesterol e diabetes", esclarece Rebeca Appel - médica coordenadora da hemodiálise do Hospital Japonês Santa Cruz.

Centro de Hemodiálise do Hospital Japonês Santa Cruz

Com capacidade para 246 pacientes, o Centro de Hemodiálise do Hospital Japonês Santa Cruz é referência no tratamento de doenças renais, atendendo tanto pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto das operadoras conveniadas.

“Oferecendo modalidades de tratamento de ponta, como a hemodiafiltração (HDF), o Centro proporciona uma abordagem moderna e eficaz da hemodiálise, especialmente benéfica para pacientes com complicações cardíacas. Sua infraestrutura é amplamente equipada, contando com consultórios médicos, sala de enfermagem e pontos de tratamento especializados”, declara o Supervisor da Hemodiálise e Transplante renal, enfermeiro Andson de Jesus Santos.

O atendimento é complementado por uma equipe multiprofissional, composta por nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, que estão prontamente disponíveis para oferecer suporte integral aos pacientes durante todo o processo de tratamento.

Sobre o Hospital Japonês Santa Cruz

Inaugurado em 29 de abril de 1939, em São Paulo, com a missão de auxiliar os imigrantes japoneses e oferecer um atendimento médico-hospitalar de excelência no Brasil, o Hospital Japonês Santa Cruz (HJSC) se dedica a proporcionar uma vida melhor e mais saudável a toda população.

Com destaque nos serviços em oftalmologia, neurologia, ortopedia, cardiologia, entre outras especialidades, a instituição possui mais de 170 leitos distribuídos entre apartamentos, enfermarias e UTI, complementada com uma unidade específica para o transplante de medula óssea. Anualmente, a entidade realiza mais de 1 milhão de atendimentos, em mais de 40 especialidades médicas e tem em sua estrutura três pronto-atendimentos (geral, ortopédico e oftalmológico) e dois centros cirúrgicos (geral e oftalmológico), capacitados para atendimentos de alta complexidade. O Hospital Japonês Santa Cruz tem certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA II), que atesta a segurança e qualidade dos processos assistenciais e médicos.