Brasil,

O impacto social na fila do transplante

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Lucas Sarti
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Apesar do aumento de transplantes no segundo semestre de 2020, mais de 40 mil pessoas estão na fila de espera para doação. A participação da sociedade é peça importante para conscientização.

Encontrar um doador compatível nem sempre é uma tarefa fácil, demanda tempo e análise de compatibilidade. Além do mais, no atual cenário que estamos atravessando, houve um aumento na fila de espera por um transplante de órgãos e tecidos.

Com a pandemia do covid-19, o Brasil contabilizou mais de 40 mil pacientes na fila de espera para receber uma doação. Na contramão destes dados, segundo a Associação Brasileira de Transplantes e Órgãos (ABTO), de agosto à setembro de 2020 houve um crescimento de 11% no número de transplantes. Apesar desta esperança, os dados absolutos apontam uma queda de 30% em relação ao mesmo período de 2019.

Nos últimos anos, a taxa de doadores vinha numa crescente gradativa. Em 2019, o país contava com 18,1 pessoas por milhão¹, e no primeiro trimestre de 2020, pré-restrições da pandemia, o Brasil chegou a registrar 18,4 pmp, bem próximo do esperado dentro de um cenário de normalidade. Hoje, segundo levantamento do ABTO, é registrado 15,8 pmp.

O Brasil é o 3º maior transplantador no mundo, sendo referência em especialidades como doação de rim, fígado, coração, entre outros. Mesmo assim, o grande inimigo do paciente é o tempo. A fila de espera por um transplante é a principal causa de mortes entre os que necessitam da doação. Segundo a ABTO, entre abril e junho de 2020, foi registrado um aumento de 44,5% no número de óbitos em pacientes na fila do transplante, em comparação com o mesmo período de 2019. O receio da contaminação do coronavírus durante a internação para o procedimento da doação é a principal causa na queda no número de doadores e o aumento na maior espera dos beneficiários.

População é peça fundamental

A flexibilização das restrições no segundo semestre de 2020 permitiu a retomada gradativa dos procedimentos. Apesar da queda na taxa nacional de doadores efetivos, algumas regiões do Brasil obtiveram uma crescente na participação da sociedade em doações, como no Sul e Sudeste, que registraram um aumento de 5% e 3%, respectivamente.

Segundo informações da Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo (Ameo), as pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que foram convocadas para a doação, não recusaram realizar o procedimento. Hoje, o Brasil tem mais de 800 pessoas na fila do transplante de medula óssea, na espera de encontrar um doador compatível.

Dados do REDOME apontam que a maioria dos cadastrados no registro nacional estão presentes nas regiões Sul e Sudeste, o que dificulta a doação e o deslocamento do material colhido até outros locais do país, já que o doador acaba optando para beneficiar um receptor do mesmo Estado. Mesmo assim, a doação é um ato anônimo, não sendo possível direcionar o material colhido a um paciente específico. Apesar disto, a regionalização acaba fazendo com que cada Estado tenha sua própria fila de espera.

O transplante de medula óssea pode beneficiar no tratamento de mais de 80 doenças em diferentes estágios e faixas etárias. Os transplantes estão sendo realizados normalmente, seguindo as recomendações sanitárias do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade de Transplante.

Hoje, as instituições privadas e públicas promovem ações de conscientização sobre a importância na participação da sociedade em temas importantes como a doação. Como é o exemplo da campanha da Singular Medicamentos, que ao longo de todo mês de fevereiro, trabalha conteúdos informativos e conscientizadores sobre leucemia e a importância de se tornar um doador de sangue e medula óssea.

Os tipos de doadores

Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, existem 2 tipos de doadores. O primeiro é o doador vivo, sendo aquele que concorda em contribuir em vida com a doação, sendo feito uma triagem onde comprovam as condições necessárias para a realização do procedimento. O segundo é o doador falecido, desde que ele seja cadastrado no registro nacional, ou que a família permita a utilização dos órgãos saudáveis.

Hoje, no Brasil, a maioria dos procedimentos realizados são através de doadores falecidos, que tiveram morte encefálica em decorrência de traumas cranianos, ou acidente vascular cerebral (AVC). Para isso, é necessário a verificação médica, que avaliam as reais condições dos órgãos para a doação.

Como ser um doador de sangue e medula óssea?

As cirurgias demoram para acontecer, pois é necessário que o paciente tenha compatibilidade com o doador. A chance desta compatibilidade é de 1 em 100 mil pessoas. Além disso, as quedas nos números de doadores por conta da pandemia, aumentou ainda mais a espera na fila do transplante.

Para se tornar um doador de medula óssea é bem simples. Primeiro, é necessário fazer o cadastro no hemocentro mais próximo de sua residência, onde será coletado uma amostra de sangue. Após a triagem, os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME, onde será identificado um paciente compatível com o material colhido. Caso este paciente seja encontrado, o doador é convocado para realizar o procedimento.

Alguns critérios são necessários para que você possa se tornar um doador de medula óssea. É preciso ter entre 18 e 55 anos, estar com a saúde em dia, não possuir nenhum tipo de doença infecciosa, não ter doenças celulares como o câncer, e não possuir nenhum tipo de doença sanguínea ou no sistema imunológico. Vale salientar que algumas complicações de saúde não impedem de se tornar um doador, mas será analisada caso a caso.

Aproveite também o cadastro no hemocentro para ser um doador de sangue. Atualmente, os hemocentros espalhados por todo o Brasil estão com o baixo estoque, também em decorrência da pandemia do coronavírus. Na doação de sangue, é possível salvar até 4 pessoas.

Exames de rotina ajudam no diagnóstico

Manter a consciência sobre a saúde é melhor maneira de prevenção. Hoje, exames de rotinas são cruciais na detecção de doenças e a melhor forma de lidar com as possíveis identificações delas. É necessário estender também desde os primeiros anos de vida, já que doenças como a leucemia são mais frequentes em crianças e jovens.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que, para crianças de até 6 meses de vida, o acompanhamento deve ser integral e mensal. Após o sétimo mês de idade até os 2 anos, as visitas nos médicos devem ser regulares trimestralmente. Já para crianças de 2 a 4 anos de idade, recomenda-se que os exames sejam realizados semestralmente, e após isso, anualmente. Desta forma, é possível identificar anomalias celulares, desregulamento funcional das células e desequilíbrio funcional do corpo.

1(pmp - dado que contabiliza o número de doadores disponíveis por milhão de pessoas


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