Qual exame para detectar o coronavirus é o mais confiável?
Especialista destaca que cada exame tem um objetivo, um período certo para ser feito e uma taxa de confiabilidade
O Brasil vai receber mais de 500 mil testes rápidos para detectar o novo coronavírus, mas a população ainda tem muitas dúvidas sobre eles. Os tipos de testes disponíveis são RT-PCR, testes rápidos ou sorológicos nos métodos ELISA e Quimioluminescência. Além disso, ainda há a possibilidade de se escolher entre anticorpos do tipo IgA, IgM e IgG. Ou seja, cada um tem um padrão, vantagem e desvantagens. A especialista, cientista chefe do laboratório e clínica Lach, Joana Bion, explica as diferenças de cada um deles e período em que deve ser realizado.
O PCR-Pesquisa para covid é o teste que pesquisa a carga viral presente no organismo do paciente. Por ser um teste molecular, ele detecta o material genético do vírus em apenas uma amostra de secreção nasal ou da garganta, coletada por cotonete chamado SWAB. O exame vai dizer se o vírus está presente na amostra. Mas ele é preciso se realizado no período adequado (até 10 dias do contato com vírus e aproximadamente 3 dias de sintomas). Em alguns casos, se existe suspeita clínica persistente, ainda sim é aconselhado realizar a pesquisa em 3 amostras coletadas em dias diferentes a fim de aumentar a janela de possível detecção.
Lembrando que este teste tem um limite de carga viral para que possa detectar a presença do RNA viral. Logo, se houver contaminação, mas a carga viral estiver baixa, o teste pode voltar negativo. Por este motivo, existe a complementação que pode ser feita com mais dois swabs igualmente coletados em dias subsequentes e/ou o uso da pesquisa dos anticorpos.
A pesquisa dos anticorpos pode ser feita nos métodos acima citados sendo que o ELISA é o mais sensível e também mais específico, sendo os estudos até agora é o teste rápido apesar de ser o teste de execução mais simples é o menos sensível/específico deles.
Dos anticorpos disponíveis, o IgA é o primeiro a aparecer, logo nos primeiros dias de sintomas e permanece por aproximadamente 15 dias e, em seguida, com aproximadamente 5 dias de sintomas aparece os anticorpos tipo IgM e por último e/ou juntamente ao IgM aparece o IgG que permanece positivo por tempo indeterminado e é o anticorpo de memória imunológica, o mesmo que aparece quando se toma alguma vacina. Por isso, é tido como o anticorpo que garante imunidade.
Para quem é indicado – para quem está no início dos sintomas.
Os testes rápidos não detectam o coronavírus, mas sim os anticorpos, substâncias de defesa produzidas pelo sistema imunológico para combatê-lo. O objetivo do teste é identificar os dois tipos de anticorpos – o IgM (imunoglobulina M), que indicam contato recente (após 5 dias de sintomas), infecção aguda, presente no momento da realização do exame e o IgG, indicadores de contato pouco mais antigo e imunidade. É um teste fácil de fazer, pode ser realizado em hospitais e oferece resultado em cerca de 15 minutos a partir da coleta de apenas uma gota de sangue. Têm 98% de acerto para os casos positivos e 30% de erro para os casos negativos.
Período em que deve ser realizado - só pode ser feito após sete dias do aparecimento dos sintomas, antes disso a sensibilidade é de apenas 30% e existe grande risco do falso negativo.
Desvantagens – o elevado percentual de falsos negativos.
Para quem é indicado – Para quem deseja saber se já está imune, como por exemplo, profissionais da saúde, cuidadores de idosos.
Os sorológicos são testes que buscam os anticorpos no plasma. “No laboratório e clínica Lach, este exame é feito com a medição dos níveis de IgA (carga viral que aparece somente nos primeiros dias do sintoma) e IgG (que identifica que a doença foi debelada e o corpo desenvolveu imunidade – a partir de 10 dias dos primeiros sintomas). A confiabilidade é de quase 100%, portanto, considerado o mais preciso dos exames”, explica a especialista, cientista chefe do laboratório e clínica Lach, Joana Bion.
Período em que deve ser realizado – Pode ser feito em qualquer período e vai identificar se a doença está no início, está no estágio de pico ou se a pessoa já teve e está imune.
Desvantagens - são mais precisos do que os testes rápidos, mas exige que o laboratório seja completamente automatizado.
Para quem são indicados – Para qualquer paciente.
Lembramos que os títulos de anticorpos não são estáticos e podem subir. Assim, um teste considerado negativo por ter baixos títulos pode significar positivação em andamento, e, neste caso, é imprescindível que o médico assistente correlacione os resultados com a clínica do paciente e, se for o caso, que novos testes de acompanhamento sorológicos possam ser feitos na sequência.
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