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Banco Original - Diário Econômico - comenta as incertezas de 2022, com as eleições ditando o cenário fiscal brasileiro e a inflação global ditando a postura monetária dos principais bancos centrais

  • Terça, 04 Janeiro 2022 10:22
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Verônica Mendes
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Marco A. J. Caruso

Lisandra Barbero

Eduardo Vilarim

Diário Econômico

O primeiro Diário do ano comenta as incertezas de 2022, com as eleições ditando o cenário fiscal brasileiro e a inflação global ditando a postura monetária dos principais bancos centrais.

Comentário Original

Mercados. O ano começa com um tom positivo dos ativos. Dólar fraco frente as economias emergentes (0,5% na cesta que acompanhamos), futuros das bolsas valorizando ao redor de 0,5%, com destaque para o novo recorde histórico do índice europeu Stoxx 600. Os preços do petróleo subiram em ambos os lados do Atlântico mais de 1%, oscilando entre US$ 75-80 o barril. O real, diferentemente, abriu levemente pressionado, mas já oscila em linha com os pares e o futuro do Ibovespa, em alta de 0,7% e ultrapassando os 106 mil pontos.

As incertezas de 2022 seguem as mesmas: eleições por aqui ditando o cenário fiscal prospectivo, a inflação global ditando a postura monetária dos principais bancos centrais e a China combate os desafios de reduzir a alavancagem da economia, mas suavizar a sua desaceleração; tudo temperado pelas idas e vindas da pandemia e certos acirramentos geopolíticos entre China/Taiwan e Rússia/Ucrânia. E os mercados seguem “escalando um muro de preocupações” como dizem.

Na curva de juros local, vemos uma pequena abertura das taxas curtas, seguindo a volta da piora no Boletim Focus para o IPCA de 2023. Como, no fundo, a visão sobre 2023 depende diretamente do resultado das urnas, o qual não saberemos tão cedo, acreditamos que as projeções oscilarão a mercê da inflação corrente até lá, a qual, para o curtíssimo prazo, teve pequena piora na esteira da seca no Cone Sul e a alta do petróleo, que desenham alimentos e combustíveis pressionados nesse início de ano.

Pressão no funcionalismo. O ano de 2022 já se inicia com ameaças de paralisação do funcionalismo público por reajuste salarial. Segundo o Correio, no calendário que envolve servidores do BC, da Receita, da Controladoria Geral da União e do Tesouro, a primeira parada está marcada para o dia 18 de janeiro, seguida dos dias 25 e 26. Para se ter uma ideia, a greve da Receita afeta, principalmente, alfândegas, portos e aeroportos, causando prejuízos que podem chegar a R$ 125 milhões por dia. Caso as negociações por aumento salarial não avancem, a ideia de uma eventual greve geral em fevereiro não está descartada.

Desoneração. O presidente Jair Bolsonaro sancionou na última sexta-feira a lei que prorroga até dezembro de 2023 a desoneração da folha dos 17 setores que empregam mais de 6 milhões de pessoas no país. Apesar de não constar no Orçamento de 2022, a sanção ocorreu sem corte de outros gastos, utilizando parte do espaço aberto pela PEC dos Precatórios.

Tarifas. Em ano eleitoral, o prejuízo bilionário (mais de R$ 21 bi) causado pela pandemia nos transportes públicos pressiona os governadores, que pedem socorro à Bolsonaro. Embora o governo tenha vetado no ano passado um projeto que dava ajuda de R$ 4 bilhões para municípios com mais de 200 mil habitantes, prefeitos ainda apostam na possibilidade de a União aceitar bancar a gratuidade para idosos acima de 65 anos. São Paulo, por exemplo, já anunciou que vai esperar ajuda federal para definir a questão, embora notícias do ano passado mostravam que a passagem poderia subir 50%. De toda forma, o custo adicional da tarifa deve vir como pressão inflacionária e/ou fiscal, em meio a gastos adicionais aos cofres públicos.

Salário Mínimo. A correção do salário mínimo para R$ 1.212 (ante R$ 1.100) vai elevar os gastos obrigatórios do governo em quase R$ 41 bilhões em 2022, na comparação com 2021. Em nota, utilizando um INPC previsto de 10,02% em 2021, o Tesouro Nacional anunciou que a cada R$ 1 real de aumento implica em elevação de R$ 364, 8 milhões ao ano em despesas com previdência, abono salarial e seguro-desemprego. As referências de diário e hora serão de R$ 40,40 e R$ 5,51, respectivamente.


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