O Impacto do Mercado Condominial Para a Economia Brasileira
*Por Eduardo Córdova
No começo de 2020 pouco se falava sobre mercado autônomo, principalmente dentro dos condomínios. Porém, com o impacto da pandemia do COVID-19, o isolamento social e o novo perfil de consumo, isso mudou bastante. Aos poucos começamos a ver os minimercados autônomos em condomínios ganhando cada vez mais espaço por ser a forma mais segura e cômoda para os moradores realizarem suas compras, evitando as aglomerações nos supermercados e outros estabelecimentos.
Passado pouco mais de um ano, o que muitos achavam apenas ser uma tendência momentânea ganhou milhares de adeptos. Segundo o levantamento realizado pelo Sindicato da Indústria de Construção (Sinduscon-SP), o mercado imobiliário é um dos setores que conseguiu se recuperar da crise causada pelo novo coronavírus. Enquanto outros ainda buscam a recuperação, o segmento de imóveis tem a previsão de crescimento de 3,8% em 2021.
Mesmo o país em um momento delicado, esses dados são interessantes e animadores para o varejo e também para as marcas que buscam por alternativas para conseguirem ter um retorno financeiro mais palpável. E estar na casa de seus consumidores é uma forma bem viável para fazer a economia girar e ainda lucrar. Ao que tudo indica, mesmo quando a pandemia terminar, muitos hábitos adquiridos durante o isolamento social vão continuar sendo seguidos por muitas pessoas, como é o caso do home office.
O potencial em investir no setor condominial é enorme. Se pensarmos em 1.200 condomínios, em que cada um tem no mínimo 50 apartamentos com dois moradores, por exemplo, temos mais de 120 mil pessoas morando para que as empresas possam investir. Consequentemente a isso, vimos diversas áreas se digitalizando para conseguir chegar até onde seus consumidores estão. Os restaurantes já estão com mais de 20% do seu faturamento no modelo de delivery, o varejo de bens e serviços já atingiu 10% e os mercados autônomos ainda estão dentro de menos de 1% dos condomínios no Brasil.
Nesse contexto todo, a tecnologia tem sido uma grande aliada para empresas que buscam inovar, levar segurança e oferecer uma experiência de compra favorável para seu consumidor. Essa conectividade rompeu algumas barreiras e muitas indústrias, por exemplo, passaram a vender diretamente para o seu cliente final. Isso possibilitou gerar uma proposta de valor maior para a marca, otimizando processos, reduzindo custos, aumentando a eficiência e melhorando a oferta, o que faz crescer as vendas.
Grandes marcas têm visto o potencial desse ecossistema para a economia como é o caso do Carrefour, maior varejista do Brasil em faturamento (comprou recentemente o BIG); a IBM, maior rede de franquias do Brasil; e o Hirota, grande varejista de São Paulo, que entraram nesse setor para competir com outros players que já nasceram inovadores dentro dos condomínios - o que comprova que esse já não é mais um segmento para amador.
Por fim, a verdade é que existe um leque de oportunidades para todos os tipos de serviços, porém é preciso se desafiar, inovar, criar iniciativas e surpreender seus clientes, isso sim será o grande diferencial. Vale lembrar que, a tecnologia é o melhor caminho, mas ela tem que ser meio e não o fim para oferecer o melhor atendimento.
*Eduardo Córdova é CEO do market4u, maior rede de mercado autônomo e inteligente do Brasil e da América Latina
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