Tecnologia com propósito: como a inclusão gera impacto social e pode mudar o futuro de 22 milhões de brasileiros
Especialista explica a diferença entre acesso ao mundo digital e ao mercado de tecnologia, e aponta para o impacto causado após programas sociais
De um lado, a tecnologia avança e domina o mercado de trabalho. Do outro, 22 milhões de pessoas ainda são “excluídas digitais”, sem acesso à internet, de acordo com o IBGE. Olhando ainda mais a fundo, há desafios de conectividade mesmo entre aqueles que estão presentes online. Essa discrepância faz com que esses fatores parecem irreconciliáveis e que o futuro está reservado apenas para uma parcela da população. Mas, para quem trabalha diretamente com inclusão e criação de oportunidades na área, a realidade é outra.
É o caso de Mariana Lopes, gerente executiva do Movimento Tech 2030, coalizão de organizações que investem em tecnologia para promover impacto social. “Ocupamos um papel de ponte. Abrimos caminhos para que profissionais de qualquer lugar, possam inovar e mudar a realidade de onde vivem, o que surge justamente a partir dos desafios que eles enfrentam todos os dias”.
Um exemplo está na dificuldade em se conectar. De acordo com o estudo “Conectividade Significativa”, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), até o ano passado, apenas 22% dos brasileiros com mais de 10 anos tinham condições satisfatórias de conectividade — um contraste com os 92,5% de lares com acesso à internet segundo o IBGE. “Na prática, o acesso por si só não garante igualdade”, comenta Mariana. “É daí que surgem projetos e ideias de transformação digital, como os provedores de internet locais que existem em muitas favelas pelo país”.
Ao longo dos anos, o Brasil viu iniciativas surgirem em contraponto a esse tipo de situação. Os telecentros, por exemplo, foram implementados nos anos 90 e até hoje servem como espaços públicos voltados para a inclusão digital. Contudo, agora, a tecnologia tem mais poder do que nunca para transformar a vida dos trabalhadores, e os programas sociais devem se adaptar a essas possibilidades.
“É preciso ir além do simples acesso, que foi a principal preocupação das esferas públicas nas últimas décadas, para alcançar formações profissionais na área de tecnologia”, explica a gerente. “Hoje, temos jovens muito interessados em programar, dominar ferramentas e se inserir de fato neste mercado. Mais do que isso, querem ajudar suas comunidades, o que se classifica como empreendedorismo social”.
O primeiro passo é aprender. Por isso, a recomendação é que as pessoas fiquem atentas aos programas que focam nesse aspecto. No caso do Movtech, há alguns exemplos ativos: o Potência Tech, plataforma de formação e empregabilidade em tecnologia que já distribuiu mais de 100 mil bolsas de estudo e empregou mais de 5 mil pessoas; o Impulso Digital, em parceria com o CIEE, que reforça disciplinas essenciais e introduz conceitos de programação e IA; e a Maratona Tech, maior competição de tecnologia entre escolas do país, que alcançou mais de 4.300 escolas em sua última edição.
Com o conhecimento adquirido, abre-se portas para crescer, inclusive no aspecto financeiro. Uma pesquisa da Serasa Experian revelou que 70% dos participantes de cursos profissionalizantes de tecnologia e dados conseguiram empregos com carteira assinada, e 81% aumentaram sua renda mensal.
“Quando a tecnologia chega na ponta, ela não só muda a trajetória de uma pessoa, como também fortalece famílias e estimula o crescimento de comunidades inteiras. O acesso ao conhecimento digital tem esse poder de ativar potencial que já existe, mas estava invisível”, conclui Mariana.
Sobre o Movimento Tech 2030
O Movimento Tech é uma coalizão brasileira, formada por mais de 70 instituições, dedicada a reduzir as lacunas educacionais e preparar jovens e adultos para o futuro do trabalho em um mundo cada vez mais digital. Promove acesso à conectividade e infraestrutura, capacitação profissional (upskilling e reskilling) e empoderamento econômico, conectando talentos a oportunidades de trabalho e geração de renda. O Movimento é mantido por iFood, Mercado Livre e Instituto Coca-Cola e conta com o apoio de organizações como IBM, Boticário, Oracle, AWS, Instituto Localiza, CI&T e Google.
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