Como ser um cabeleireiro, manicure ou pedicure de sucesso em BH?

Cabelereiro, manicure e pedicure são as principais atividades econômicas em Belo Horizonte, com 16,7 mil empresas ativas. Os dados são de 22 de janeiro de 2024, a mais recente atualização do Mapa de Empresas, ferramenta online do Governo Federal sobre os registros de empresas no país. Com tanta oferta – e concorrência - deste serviço, como marcar presença no segmento e manter um negócio lucrativo e com clientes satisfeitos?

O coordenador do curso de Administração da Una, consultor organizacional e mentor de carreiras, Felipe Gouvêa Pena, sinaliza que em todo mercado que está em crescimento, mas que tem muitos empreendedores ao mesmo tempo, a melhor forma de se diferenciar é apostando em: “criatividade, comunicação e saúde financeira do empreendimento”.

Criatividade

Criatividade, explica o docente, é identificar como agregar valor ao negócio que o concorrente não consegue. “Isso pode estar na forma como atendo o cliente ou no pós-venda; na maneira como crio possibilidades para que o consumidor tenha satisfação para aquilo que ele espera. A resposta de cada empreendedor para essa pergunta mostra o seu diferencial e qual é a sua proposta de valor, que é a mentalidade que ele precisa ter para se diferenciar dos demais”, ensina o especialista.

Pena enfatiza que “empreendedores criativos tendem a ter maiores retornos”. E salienta ainda que “um bom empreendedor é aquele que busca entender o que está acontecendo: conversa com pessoas, lê, busca informações, se atualizada e analisa os concorrentes”, exemplifica.

Comunicação

Entre as variáveis de uma boa comunicação, podem ser citadas a adoção de redes sociais, que devem ser sempre atualizadas e mostrar os bons resultados dos serviços de estética, se possível, fazendo investimento básico em impulsionamento das redes sociais; distribuição de folhetos com os contatos; criação de promoções, entre outros. Lembrando que quem trabalha com beleza, precisa de imagens bonitas para divulgar sem negócio, material que pode ser conseguido por meio do próprio celular, desde que bem ajustado.

“Aprenda a fazer uma boa comunicação do seu produto ou serviço e proporcione uma boa experiência para o consumidor. Assim, você, empreendedor, vai ampliar o número de clientes e obter os ganhos mais rápidos”, afirma Pena.

Saúde financeira

Muitos salões funcionam dentro da própria residência do empreendedor, o que pode confundir ações do negócio com a vida pessoal. Mas, entre as dicas primordiais para ter saúde financeira do empreendimento é separar a parte financeira individual da empresarial. É importante organizar as despesas e receitas por escrito, informando o que é pagamento de fornecedores, despesas de manutenção e investimento. Com este levantamento em mãos, enxugue gastos desnecessários, evite dívidas e defina metas alcançáveis.

“Vale destacar que todo investimento leva tempo para que se tenha o retorno. Quanto maior o investimento, maior o tempo para ter esse retorno”, reitera o coordenador. Pena alerta ainda que no Brasil, além da concorrência, o microempreendedor precisa ficar atento à carga tributária, que é alta.

“Além disso, muitas pessoas não têm portfólio ou recursos para competir em condições de igualdade. Nesse sentido, é essencial para um empreendedor, independentemente de sua meta, buscar um negócio que faça sentido, que lhe dê satisfação”, diz o coordenador do curso de Administração da Una, instituição que integra o Ecossistema Ânima de educação.

A maioria é MEI

Ainda de acordo com o Mapa de Empresas, 15,7 mil dos registros na plataforma estão na categoria de Microempreendedor Individual (MEI). Neste caso, pressupõem-se que foram feitos investimentos mais módicos na implantação dos negócios.

Conforme o portal do Governo Federal, existem algumas exigências para que o empreendedor ou empreendedora individual possa se formalizar. Uma delas é quanto ao faturamento anual, que deve ser no máximo de R$ 81 mil. Além disso, o titular não pode ter sócio e possuir no máximo um empregado, entre outras.