Volvo parte para os elétricos, sem concessionárias

A partir de 2030, a Volvo passará a produzir somente carros elétricos, que serão vendidos apenas através de seus canais online, eliminando a figura da concessionária.

Segundo a empresa, essa eliminação permitirá desenvolver relacionamentos diretos com os clientes - evidentemente, com a eliminação de um elo da cadeia, também é possível aumentar os lucros da Volvo e, teoricamente, praticar preços menores, aumentando a competitividade.

Os preços ao consumidor serão fixados pela fabricante e os clientes poderão conhecer os veículos fisicamente em showrooms, que também serão responsáveis pelas entregas e serviços.

Anteriormente, a Volvo havia divulgado planos que previam que 50% dos veículos fabricados a partir de 2025 seriam elétricos. A meta para 2030 foi anunciada em evento no qual a empresa, ao anunciar novos modelos, afirmou também estar convicta que o mercado de veículos movidos por motores que queimam combustíveis fósseis está se retraindo em ritmo crescente.

A Volvo está seguindo o caminho aberto pela Tesla, cuja linha, totalmente elétrica, não é vendida por meio de concessionárias. A Ford também planeja eliminar os motores a explosão até 2030, mas apenas na Europa; já a GM diz que 100% de seus veículos serão elétricos a partir de 2035.

Mas a tecnologia prega peças: uma quantidade não especificada de SUVs Volvo XC40, o primeiro elétrico produzido pela empresa sueca, está retida em portos americanos, pois deixaram a fábrica sem que fosse instalado o software que permite sua conexão aos smartphones dos proprietários, e sem o qual não são possíveis coisas como abrir e fechar portas, dar a partida, diagnosticar falhas e contatar a assistência técnica.

Esses veículos deveriam ter sido entregues aos usuários no final de fevereiro, mas provavelmente isso ocorrerá apenas em meados de abril. Tecnologia ajuda, mas às vezes pequenas falhas geram grandes problemas, até mesmo tragédias.

Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.