Brasil,

Governo poderá manter barreira comercial mesmo faltando pneu no mercado

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Carlos Marassi
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Câmara de Comércio Exterior (Camex) decide nesta semana sobre manutenção ou não de sobretaxa a pneus importados de alguns países.

Sob forte pressão das grandes fabricantes de pneus de um lado e caminhoneiros e os importadores de outro, nesta quinta-feira (11) a Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão do Ministério da Economia responsável pela política de comércio internacional do governo, vai se reunir para definir se mantém ou não barreira comercial para a importação de pneus da Coreia do Sul, Tailândia e Taiwan.

A sobretaxa de importação denominada “direito antidumping” foi instituída há 5 anos para proteger as grandes multinacionais que têm parte da sua produção no Brasil. Nesse período foi feito investigação de dumping para verificar se a indústria pneumática nacional teve prejuízos com a entrada dos pneus importados.

Mas o que se provou na investigação é que houve aumento do volume de vendas da indústria brasileira, maior produção, diminuição de estoque, maior produtividade por empregado, maior receita líquida, maior resultado bruto e incremento das margens de lucro bruta e operacional, ou seja, não houve dano.

O protecionismo foi o instrumento adotado por governos anteriores para inibir a concorrência das grandes fabricantes mundiais que tem instalações no Brasil, com os pneus asiáticos. Mas os motivos da proteção não subsistem, considerando que a cotação elevada do dólar e a disparada do preço do frete marítimo internacional já estão funcionando como barreiras naturais à importação de pneus dos países orientais.

Além disso o volume de importação de pneus de carga da Argentina e da Colômbia aumentou significativamente (192% e 93% respectivamente). Ambos os países possuem em seu território subsidiárias das mesmas multinacionais que dominam o mercado brasileiro, que gozam ainda das preferências tarifárias concedidas pelos acordos comerciais dos quais o Brasil faz parte.

Os importadores alegam que não faz sentido sobretaxar pneus da Coreia do Sul, Tailândia e Taiwan sendo que pneus procedentes da Índia, Vietnã e Myanmar não pagam esta sobretaxa e nem por isso geram impacto negativo aos fabricantes instalados no Brasil.

Segundo informações da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip), caso a Camex derrube a taxa de direito antidumping na reunião de quinta-feira (11), chegariam ao Brasil, por exemplo, pneus de alta performance das sul-coreanas Kumho e Hankook custando 9% e 51% a menos, respectivamente, enquanto pneus da Tailândia custariam 15% e, de Taiwan, 21% a menos.

Na avaliação do presidente da Abidip, Ricardo Alipio da Costa, é hora de o governo rever o excesso de proteção às grandes multinacionais que fabricam no Brasil. “É fundamental a entrada de outras marcas importadas a preços competitivos no mercado brasileiro até para estimular a evolução tecnológica e conter as altas de preços de pneus, que encarecem o transporte de cargas e a competitividade do produto brasileiro no exterior”.

Outra questão que vem sendo levantada pelos importadores é que o protecionismo está causando desabastecimento do mercado. As multinacionais não estão dando conta de suprir a demanda nacional. “Caminhoneiros de vários estados do Brasil reclamam do preço e principalmente da dificuldade de encontrar algumas medidas”, disse Alípio.

De acordo com Juliano Fiorini, proprietário de uma importadora instalada em Chapecó/SC, desde o mês de dezembro se observa a falta, no mercado local, de pneus de carga das medidas mais utilizadas como 295/80R22,5 e 275/80R22,5. “Até mesmo pneus de passeio aro 13 e 14, que são os mais comuns, já estão faltando em algumas revendas”, disse o empresário.

Protecionismo acarreta falta de pneus nas prateleiras e eleva preços.


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