As lições da pandemia: o que esperar para o setor de logística após este momento?
Avaliação é do presidente da ABRALOG, Pedro Moreira, que participou do Papo em Movimento da última quinta-feira (16), série de conteúdos online da Intermodal South America
Por maiores que sejam os desafios e os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus na economia do país, ainda assim, ficam experiências e, principalmente, aprendizados. Com a cadeia de suprimentos nacional não é diferente: a crise fez o setor repensar seus modelos de negócios e de trabalho, utilizando essa vivência para avaliar formas de melhorá-lo e de torná-lo mais efetivo. Essa é a visão do presidente da Associação Brasileira de Logística (ABRALOG), Pedro Moreira, que participou de uma live exclusiva sobre o tema na última quinta-feira (16).
Promovido pela Informa Markets - organizadora da Intermodal South America, o maior evento da América Latina para os setores logístico, de transporte de cargas e de comércio exterior - o bate-papo abordou "As lições da pandemia - Como o setor de logística deve mudar em um futuro próximo?" e destacou quais são os caminhos que devem ser seguidos daqui em diante, segundo o presidente da ABRALOG.
Para ele, o maior ensinamento da pandemia foi a importância do colaborativismo no setor. "Tradicionalmente, o brasileiro e o latino-americano em geral tem uma grande dificuldade de colaborar com o próximo quando o assunto é o mercado empresarial e profissional. A pandemia quebrou isso e mostrou que processos colaborativos podem melhorar a cadeia. O que mais vimos neste momento foram empresas ajudando umas às outras e superando os desafios juntas. Este foi o grande aprendizado desta crise", disse.
Outras lições importantes da Covid-19, de acordo com Moreira, foram ressaltar a relevância de se ter um planejamento estratégico e uma governança corporativa bem estruturados. "Quem tinha esses dois aspectos estabelecidos, com certeza, saiu na frente. O problema é que, até então, a grande maioria das empresas não possuía o hábito de realizar um planejamento preditivo, com análises de cenários futuros e de riscos que poderiam vir a surgir, até porque essa não era a cultura do nosso mercado. Mas agora, depois de tudo, isso veio à tona e essa prática está começando a pegar na logística brasileira", afirmou.
O executivo comentou ainda que as companhias que demonstraram mais capacidade para se adaptar a este novo cenário saíram na frente. "Um exemplo de adaptação é a questão da renegociação consciente em toda a cadeia, tanto com colaboradores quanto com parceiros e clientes. O momento agora não é de ganhar dinheiro e sim de sobreviver".
Tecnologia - O presidente da ABRALOG pontuou que a ideia é a mesma quando se olha do ponto de vista da tecnologia. Segundo ele, as empresas que já contavam com, ao menos, uma certa base de tecnologia instalada em suas operações também saíram em vantagem. "A questão da Logística 4.0, por exemplo, que é um tema que ganhou bastante destaque neste momento, já era um aspecto que vinha sendo trabalhado pelo setor, principalmente por grandes empresas do mercado (como Natura, DHL e Fedex) e por startups, que também vêm fazendo um trabalho muito interessante, só que a pandemia acelerou este processo".
E, para ele, isso é muito bom. "Hoje em dia, já temos uma enxurrada de softwares e boas soluções tecnológicas disponíveis no mercado, que vêm garantir melhorias para a logística do país, proporcionando operações mais efetivas e inteligentes. Eu diria até que hoje o Brasil já possui um portfólio de produtos e serviços que permite com que as empresas de uma forma geral pratiquem, de fato, o conceito de 4.0. Aliás, esta é uma realidade que veio para ficar: não é mais questão de escolha e sim de necessidade, quem não for para o mundo digital não irá sobreviver muito tempo", acrescentou.
Mudança de Comportamento - Moreira ressaltou ainda que outra mudança significativa proporcionada pela crise de Covid-19 foi na relação de negócios. "As indústrias, de uma forma geral, estão tradicionalmente mais relacionadas ao mercado B2B e essa pandemia fez com que elas olhassem mais para o B2C também, muito por conta do crescimento do e-commerce. E isso é inevitável. Aquelas transportadoras que jamais pensavam em last mile, por exemplo, terão que começar a pensar também, a fazê-lo ou a achar parceiros que o façam".
"Consequentemente, teremos que começar a avaliar também modais alternativos para atender as demandas de e-commerce e de entregas em distâncias menores, pois são mercados que irão se expandir ainda mais. Tem o segmento da ciclologística, por exemplo, que possibilita o atendimento de pequenas distâncias por meio de bicicletas. Há os drones também, que acho uma ótima saída para a última milha. Claro que teria que regular tudo isso, mas são saídas interessantes e que ainda tornam-se uma forma de investir em multimodalidade. Não tem jeito, os tempos mudaram, então temos que sentar, refletir e nos adaptar. A tecnologia tem um campo fantástico de oportunidades", concluiu.
Serviço:
Live: As lições da pandemia - Como o setor de logística deve mudar em um futuro próximo
Data: 16/07/2020
Link de acesso à live completa: www.instagram.com/intermodalsouthamerica
Papo em Movimento
A ação faz parte do Papo em Movimento, iniciativa da Intermodal South America que vem trazendo uma série de entrevistas, lives e webinars com o objetivo de mostrar um panorama do mercado logístico e de transporte de cargas no Brasil e colaborar para o desenvolvimento do setor. Mais informações - bit.ly/3fexypk
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