MOBILIDADE PARA TODOS - Acessibilidade também influência na empregabilidade das pessoas com deficiência
Consciente Construtora mostra, durante Congresso Goiano de Gestão de Pessoas com Deficiência e Reabilitados pelo INSS, como a construção civil pode contribuir para aumentar a inclusão e acessibilidade. Evento acontece entre os dias 28 e 29/11, no Centro de Cultura e Convenções de Goiânia
Se no caótico sistema de transporte dos grandes centros urbanos chegar ao trabalho já é um enorme desafio, imagine para quem tem mobilidade reduzida? No Brasil, segundo dados do IBGE, 45 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência e desse total apenas 1% trabalha formalmente. Isso acontece mesmo existindo uma legislação que estabelece que as empresas com 100 ou mais empregados devam ter de 2% a 5% das vagas destinadas a funcionários reabilitados ou com deficiência.
São muitos os entraves para que portadores de necessidades especiais (PNEs) sejam incluídos no mercado de trabalho e a falta de mobilidade urbana para esse público é um deles. São soluções para esses problemas que a Consciente Construtora e Incorporadora pretende mostrar durante o 2º Congresso Goiano de Gestão de Pessoas com Deficiência e Reabilitados pelo INSS, que será realizado nesta terça e quarta-feira (28 e 29/11), no Centro de Convenções de Goiânia. A empresa estará presente no evento mostrando projetos urbanísticos fundamentados na acessibilidade e sustentabilidade.
Calçada
Um dos projetos desenvolvidos pela construtora é a Calçada Consciente, que ganhou reconhecimento da ONU pelo bom exemplo. Pioneira, a iniciativa foi desenvolvida no ano de 2009, antes de a acessibilidade tornar-se obrigatória nos passeios da capital. “O projeto, inclusive, embasou o decreto que criou a Lei das Calçadas em Goiânia”, conta o engenheiro da Consciente, Humberto Dutra. De acordo com ele, a calçada não possui qualquer desnível ou degrau no seu perímetro facilitando o deslocamento em cadeira de rodas ou para quem tem mobilidade reduzida.
“As larguras são as recomendadas pela legislação, assim como a inclinação máxima, definidas para que um cadeirante consiga se locomover sozinho. Além disso, foi instalado piso tátil e antiderrapante, para orientação dos deficientes visuais e prevenção de tropeços e quedas”, explica.
Outro projeto de destaque da Consciente é o da Praça Conceito Consciente, revitalizada em 2012 no Setor Marista, graças a uma parceria entre a construtora e a Prefeitura de Goiânia. O espaço recebeu a Calçada Consciente e foi equipado com pisos drenantes e antiderrapantes. “Implantamos também um caminho sensorial, que recebeu espécies de plantas do cerrado. Elas podem ser tocadas e cheiradas pelos visitantes. Deficientes visuais têm à sua disposição piso tátil e placas em braile para receberem informações sobre as espécies”, detalha o engenheiro Humberto Dutra.
Quebra barreiras
De acordo com a coordenadora-geral do Fórum Goiano de inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados no INSS (Fimtpoder), Patrícia Ramos, o propósito do evento também é quebrar barreiras culturais. “Queremos mostrar a gestores e profissionais de RH que essas pessoas são capazes de produzir. Elas têm condições, precisam apenas de recursos que possibilitem sua interação com o contexto do trabalho, como as tecnologias assistivas, como bengalas, softwares que permitem a leitura para cegos e elevadores/rampas para deslocamento de cadeirantes”.
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