CPES participou de fórum da Folha de S.Paulo

Mestre em Economia Aplicada, Natália apresentou dados atualizados do estudo “Estatísticas da Dor e da Perda do Futuro: novas estimativas”, elaborado pelo Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES) e que calcula as perdas econômicas geradas por mortes e casos de invalidez decorrentes de acidentes no trânsito.

Em 2016, a violência no trânsito gerou ao País uma perda de produção de R$ 146 bilhões, que equivalem a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor corresponde ao valor atual do que seria gerado ao longo da vida produtiva pelo trabalho de 33,5 mil pessoas que faleceram e outras 28 mil que tiveram invalidez permanente.

De acordo com a coordenadora do CPES, cerca de 75% dos acidentados estão na população economicamente ativa. “Há uma discussão ética quando se pensa em avaliar quanto custa uma vida, mas temos que saber o quanto a sociedade, como um todo, perde quando tiramos essa vida", disse Natália, que participou da mesa de discussão “O custo da insegurança”.

Para ela, os números demonstram uma necessidade urgente de investimento em segurança viária no País. "O Brasil precisa gastar dinheiro para aumentar fiscalização e melhorar as estradas. Não é como um investimento em educação, que, apesar de necessário, demora 20 anos para trazer um retorno. Aumentar a fiscalização para mudar um comportamento no trânsito traz um retorno financeiro imediato".

Também participaram da plenária o cicloativista Albert Pellegrini e o chefe da Divisão de Produção e analista de Projetos da Fundação Seade, Carlos Roberto Almeida França.