13º salário: por que cada vez mais brasileiros usam o extra para construir patrimônio
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Especialista explica por que o consórcio ganha espaço na virada do ano
O pagamento do 13º salário tem impulsionado um movimento de reorganização financeira entre as famílias brasileiras em um fim de ano marcado por inadimplência elevada e maior procura por alternativas de crédito. Pesquisas da Confederação Nacional do Comércio indicam que uma parcela relevante dos trabalhadores pretende direcionar parte do benefício para quitar dívidas e reforçar o planejamento de 2026. Ao mesmo tempo, cresce o uso do recurso como porta de entrada para a construção de patrimônio por meio de modalidades de baixo custo, como o consórcio.
O economista e educador financeiro Leonardo Baldez Augusto, formado pela Universidade Federal de Uberlândia, afirma que essa mudança de comportamento reflete o cenário atual. “O período entre dezembro e janeiro é o principal ponto de inflexão do orçamento. Quem recebe o 13º costuma enxergar nele uma chance de reorganizar a vida financeira e começar a construir patrimônio de forma planejada”, afirma.
Endividamento elevado impulsiona busca por alternativas
Dados recentes mostram que 71,9 milhões de brasileiros estão com contas em atraso, o equivalente a 43% da população adulta. O valor médio das dívidas por pessoa chega a R$ 4.318, com predominância de débitos ligados ao crédito bancário, cartões e contas básicas. Para Baldez, esse quadro influencia diretamente o comportamento na virada do ano. “O 13º, que antes era visto majoritariamente como recurso para consumo, passou a ser encarado como instrumento de correção de rota. Parte das famílias regulariza dívidas e outra parcela busca produtos financeiros que ofereçam previsibilidade de médio e longo prazo”, explica.
Por que o consórcio ganha espaço
Com o crédito tradicional mais restritivo e sujeito a juros elevados, o consórcio tem sido adotado como alternativa para quem pretende planejar compras futuras sem recorrer ao financiamento. A modalidade funciona sem juros, com taxas administrativas distribuídas ao longo do grupo, o que reduz o custo efetivo total.
Segundo Baldez, esse formato se ajusta ao momento de reorganização. “Quando a família usa o 13º para pagar a primeira parcela ou antecipar parte da carta de crédito, cria um compromisso mensal coerente com o orçamento e elimina o impacto dos juros compostos típicos dos financiamentos. É uma forma de construir patrimônio sem assumir dívidas caras.”
As finalidades mais comuns incluem compra de imóvel, automóvel, cirurgias eletivas, viagens, serviços educacionais e capital de giro para pequenos negócios. São metas que exigem planejamento e costumam ser adiadas durante períodos de maior pressão financeira.
Consórcio como instrumento de estabilidade
Destinar parte do 13º ao consórcio reduz o risco de inadimplência e contribui para um início de ano mais organizado. Baldez observa que ações de reorganização no fim do ano, como renegociações, quitação de débitos e ajustes no orçamento, tendem a refletir positivamente nos primeiros meses de 2026.
“O comportamento observado no fechamento de 2025 indica um consumidor mais atento. Usar parte do 13º para um consórcio substitui o consumo imediato por construção estruturada de patrimônio. Isso aumenta a previsibilidade das contas e reduz vulnerabilidades ao longo do próximo ano”, afirma o economista.
Quando o consórcio faz sentido no planejamento
O especialista destaca que, antes de usar o 13º salário como ferramenta de organização financeira, é importante observar alguns pontos de atenção que ajudam a evitar erros comuns e aumentar o impacto positivo da estratégia. Entre eles estão:
- Avaliar metas reais de médio e longo prazo, como aquisição de casa própria ou troca de veículo
- Verificar a capacidade mensal de pagamento antes de aderir ao grupo
- Usar o 13º para dar o lance antecipar para ter acesso a carta de crédito para compra do bem e reduzir o valor da parcela
- Considerar o consórcio para metas não materiais, como educação, cirurgias e viagens
- Evitar comprometer todo o benefício sem antes regularizar dívidas urgentes ou pendências no CPF
“O planejamento permite transformar um recurso sazonal em instrumento de estabilidade. A virada do ano é, para muitos, o único momento de folga no orçamento. Usá-lo com estratégia prepara a família para 2026”, conclui Baldez.
Sobre Leonardo Baldez
Leonardo Baldez Augusto é economista, educador financeiro e consultor empresarial. Formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Finanças e Estratégias Empresariais pela Faculdade de Gestão e Negócios (FAGEN) da UFU. Com uma trajetória marcada pelo perfil empreendedor, atua transformando estratégias financeiras em resultados através de consultoria empresarial especializada e educação financeira Coordenou o programa de assessoria de crédito da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) até 2009, sendo durante todos os anos consecutivos o maior resultado de aprovação e liberação do Estado de Minas Gerais.
Foi responsável pelo posto avançado do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal), criador do programa de crédito orientado em parceria com o Banco do Brasil (Sala Ouro) e da Caixa Econômica Federal (Sala Azul). Com vinte e cinco anos de experiência na assessoria de crédito orientando a milhares de empreendedores, fundou em 2009 o ISF Crédito Orientado (Instituto de Solução Financeira), uma entidade nacional de orientação de crédito a micro, pequenas e médias empresas.
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