Mobilidade inteligente reduz custos e melhora a saúde no RH corporativo

A mobilidade dos colaboradores, no trajeto casa-trabalho-casa, é um centro de custo silencioso, mas massivo, para as empresas brasileiras. Frequentemente classificada como o segundo maior custo do RH, atrás apenas da folha de pagamento, sua gestão ineficiente drena recursos e, o que é mais grave, impacta diretamente a saúde e o desempenho da equipe. No entanto, a tecnologia e a inteligência logística estão reescrevendo essa realidade, transformando a mobilidade de um ônus operacional em um vetor de economia, bem-estar e atração de talentos.

A chave para essa transformação reside em uma abordagem que enxerga o transporte fretado não como um mero serviço, mas como um benefício estratégico e uma extensão da política de bem-estar da companhia. Empresas que adotam essa visão, por meio de uma roteirização inteligente, conseguem otimizar frotas, garantir o conforto do trajeto e, de forma tangível, reduzir seus gastos em até 30%.

Historicamente, o mercado de transporte fretado opera de forma majoritariamente analógica, gerando ineficiência, atritos operacionais e falta de visibilidade para as empresas. A tecnologia surge para ressignificar essa realidade, unificando a gestão operacional e a experiência do usuário. Essa analogia é reforçada pela integração de funcionalidades cruciais em uma única solução: controle de embarque digital, rastreamento veicular, telemetria e câmeras integradas de segurança. Além disso, a experiência do colaborador e do motorista é transformada por meio de aplicativos dedicados (App do passageiro e motorista), garantindo a gestão à vista e em tempo real para empresas e transportadores, elevando a segurança, a conformidade e a eficiência operacional a um novo patamar.

O estresse do trajeto diário é um risco psicossocial que não pode mais ser ignorado. Uma pesquisa realizada pelo Fretadão em parceria com a Global Trevo Consulting corrobora com essa dura realidade, expondo a profunda correlação entre a qualidade da mobilidade e o bem-estar dos funcionários:

80% dos colaboradores relatam o forte impacto da mobilidade na saúde física.
79% citam reflexos na saúde psicológica.
77% apontam relação direta com a produtividade.

A má gestão do trajeto se manifesta em atrasos, desgaste físico e mental, e em um desempenho prejudicado antes mesmo de o dia de trabalho começar. “Esses números mostram que a mobilidade precisa ser vista como um benefício concreto, um investimento na saúde e no desempenho. Programas de bem-estar não são completos se não considerarem o estresse do trajeto,” ressalta Antonio Carlos Gonçalves, CEO e cofundador do Fretadão.

A mobilidade inteligente se destaca exatamente por endereçar a dupla necessidade das empresas: otimizar custos e impulsionar a performance do capital humano. Ela se consolida como um diferencial estratégico para o RH, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo:

Marca empregadora e economia dupla: A mobilidade estratégica atrai e retém talentos, otimizando custos. O transporte fretado é um benefício de alto valor percebido que, com o uso de tecnologia, permite que as empresas economizem até 30% nos custos de transporte.

Qualidade de vida e produtividade: Um transporte confortável e pontual tem efeitos imediatos na operação. Pesquisas indicam que o absenteísmo diminui em 17% e o turnover em 25% com boas soluções de fretamento. Com menos estresse e mais tempo produtivo, o colaborador inicia sua jornada com maior engajamento e foco.

Tecnologia, estratégia e RH: Ferramentas baseadas em inteligência artificial e machine learning são o motor da eficiência. Elas não só otimizam rotas complexas, mas utilizam a Inteligência Artificial (IA) para processar e otimizar os dados gerados pela operação, fornecendo controle em tempo real e insights estratégicos para o RH. A “logística das pessoas” torna-se tão importante quanto a de produtos, exigindo a mesma precisão tecnológica.

Conformidade legal e saúde mental (NR-1): A mobilidade eficiente age como ferramenta preventiva para os riscos psicossociais exigidos pela nova NR-1 (a partir de 2025). Ao garantir um trajeto seguro e livre de estresse, a empresa demonstra o seu dever de cuidado e apoia ativamente a saúde física e mental dos funcionários, mitigando riscos jurídicos e operacionais.

Sustentabilidade na prática (ESG): O fretamento inteligente, com rotas otimizadas e alta taxa de ocupação, é a modalidade de transporte coletivo mais sustentável. Isso se traduz na redução de veículos individuais nas ruas, diminuição do engarrafamento e, consequentemente, na redução das emissões de carbono, inserindo o ESG (Ambiental, Social e Governança) na rotina da empresa.

A transição para um modelo de mobilidade inteligente exige clareza e dados. Para Antonio Carlos Gonçalves, o ponto de partida para qualquer empresa que deseje otimizar sua mobilidade é um diagnóstico aprofundado:

“Tudo começa com um diagnóstico de mobilidade. Ele identifica desafios e oportunidades específicas, orientando soluções mais eficientes e personalizadas. As empresas podem iniciar essa jornada, transformando a mobilidade em um verdadeiro diferencial estratégico para o RH e para o futuro dos seus negócios.”

Ao gerenciar a mobilidade diária com inteligência artificial, as empresas não apenas reduzem custos operacionais de forma dramática, como também investem na saúde mental e física de seus colaboradores, elevando a produtividade e fortalecendo sua marca empregadora. O futuro da mobilidade corporativa passa, inevitavelmente, pela otimização da jornada casa-trabalho-casa.