Brasileiros buscam líderes mais empáticos e abertos ao aprendizado, aponta estudo global
A expectativa dos brasileiros sobre seus líderes é diferente da realidade encontrada no dia a dia das empresas. Segundo o Estudo Global de Eficácia da Liderança: Brasil, realizado pela Hogan Assessments em parceria com a Ateliê RH, atualmente as pessoas valorizam cada vez mais líderes empáticos, curiosos e comprometidos com o aprendizado contínuo — um perfil que alia propósito, escuta e sensibilidade ao rigor técnico e à disciplina.
O levantamento, que integra uma pesquisa internacional da Hogan Assessments com mais de 8 mil participantes, analisou a percepção de 257 profissionais brasileiros sobre os líderes que têm e os líderes que gostariam de ter. Os resultados revelam uma transformação nas expectativas sobre a liderança nacional comparada com 2.800 líderes avaliados entre 2018 e 2023: menos centrada no comando - controle e mais orientada à conexão.
Para Roberto Santos, fundador e diretor-geral da Ateliê RH, distribuidora dos testes Hogan no Brasil, o estudo “traz um retrato inédito sobre como o comportamento e os valores de liderança se traduzem na prática organizacional no Brasil. A partir desses dados, é possível alinhar o desenvolvimento de líderes às expectativas culturais locais e aos desafios de performance global”.
O que os brasileiros esperam de seus líderes
Quando convidados a descrever o líder ideal, ainda que 75% esperem um líder orientado a metas e resultados, os respondentes mostraram uma clara virada de expectativa em direção a comportamentos mais humanos, próximos e colaborativos. Curiosidade e pensamento estratégico foram citados por 72% dos participantes como traços essenciais, o mesmo percentual que destacou a empatia e a comunicação sensível como pilares de uma boa liderança. Já 69% esperam líderes dispostos a aprender continuamente, e 58% reforçam a importância de manter foco e organização nos processos.
Para Santos, “o desejo por estrutura e disciplina permanece, mas ele se equilibra com uma nova demanda por autenticidade e escuta. O líder ideal, na visão dos brasileiros, é aquele que combina performance com propósito, autoridade com proximidade e controle com visão estratégica — alguém capaz de inspirar pela consistência, mas também de conectar-se genuinamente com as pessoas que lidera”.
Um país de líderes disciplinados e orientados a regras
Ao comparar o perfil atual com o idealizado, o estudo revela que os executivos brasileiros são, em sua maioria, ambiciosos, prudentes e altamente orientados a regras. Em comparação com os benchmarks globais, os líderes do país aparecem como mais estruturados, disciplinados e cumpridores das normas, mas também podem ser mais rígidos e inflexíveis em determinados contextos.
Essa combinação cria gestores focados em resultados, capazes de garantir previsibilidade e consistência, mas que, sob pressão, podem mostrar resistência a mudanças rápidas ou estilos de liderança mais participativos.
Os respondentes também associam o bom líder brasileiro à organização, orientação a processos e energia para execução. A pesquisa ainda indica que o futuro da liderança no país dependerá da capacidade de equilibrar estrutura com flexibilidade, integrando disciplina e abertura para novas formas de pensar e trabalhar.
O que os brasileiros querem evitar em seus líderes
A pesquisa mundial realizada este ano também buscou saber o que os brasileiros não querem em seus líderes. Os resultados mostram alertas importantes para os líderes, especialmente em situações de estresse. Comparado com o perfil dos 2.800 líderes já avaliados que revelam uma tendência de mostrar prepotência e arrogância, os respondentes da pesquisa esperam que seus líderes sejam emocionalmente inteligentes e resilientes (84%) humildes e abertos a feedback (72%), e que sejam coerentes entre seu discurso e sua prática, sem agenda oculta, mencionado por 69% dos respondentes.
Para Santos, “estes resultados indicam uma expectativa sobre a liderança eficaz que deve ser considerada tanto nos processos de seleção quanto desenvolvimento e coaching, sob o risco de terem dificuldades para atrair e reter talentos que, em última instância define eficácia de liderança.”
Os valores que os brasileiros esperam de sua liderança também mudou
Enquanto o perfil de 2800 líderes brasileiros avaliados pela Ateliê RH revela que eles são movidos e priorizam valores conservadores e comportamentos sérios, autodisciplinados e formais no ambiente de trabalho, o estudo global indicou uma expectativa diferente dos brasileiros sobre quem ocupa posições de liderança. Para os respondentes, a liderança deveria promover uma cultura de trabalho em equipe e senso de pertencimento, com 61% das respostas, seguida de decisões tomadas com base em fatos e dados (57%) e uma preocupação com o bem-estar dos colaboradores e com um ambiente de cooperação.
“Pesquisas de engajamento usadas em muitas empresas provavelmente refletirão essa expectativa dos colaboradores quando avaliarem as empresas e seus líderes, especialmente aqueles da alta gerência que acabam por dar o tom da cultura organizacional”, reflete Santos.
As competências mais valorizadas no Brasil
No campo das competências – os comportamentos efetivos que sustentam o desempenho de líderes – o estudo mostra diferenças claras entre o Brasil e o restante do mundo.
Enquanto o ranking global é liderado por comunicação, julgamento e visão, os respondentes brasileiros colocam integridade no topo, seguida de comunicação, responsabilização, tomada de decisão e confiabilidade.
Esse resultado reforça a importância da ética e da consistência comportamental como pilares da liderança eficaz no país. “As respostas reforçam que os liderados não esperam apenas líderes que deem um norte, assumam suas responsabilidades, tomem boas decisões e comuniquem-se de forma eficaz. Os respondentes brasileiros do estudo global reforçaram a importância da integridade e confiabilidade como o ponto de partida para qualquer relação de influência ou engajamento”, observa o executivo.
Liderança eficaz: um espelho cultural
O estudo também reforça um ponto central da teoria de Robert Hogan, fundador da Hogan Assessments: a liderança é uma solução evolutiva para coordenar o comportamento coletivo em prol da sobrevivência organizacional e não uma fonte de privilégio de quem ocupa um cargo de liderança.
“Perguntar às pessoas como elas descrevem um bom líder é, no fundo, perguntar quem elas desejam seguir”, afirma Santos. “E no Brasil, esse desejo aponta para líderes que inspiram confiança, demonstram consistência e promovem estabilidade — mas que também sabem ouvir, aprender e adaptar-se.”
A pesquisa também aponta que líderes que escutam e agem conforme o feedback de seus seguidores conseguem aumentar o engajamento, reter talentos e impulsionar resultados organizacionais. “Em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, compreender o que motiva e diferencia a liderança brasileira é, portanto, uma vantagem estratégica”, finaliza o especialista.
Sobre a Ateliê RH
A Ateliê RH, consultoria especializada em desenvolvimento humano e organizacional, fundada e dirigida por Roberto Affonso Santos em 2002, introduziu a metodologia desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Robert Hogan no Brasil, sendo a empresa pioneira na aplicação dessa metodologia, e é sua distribuidora autorizada desde 2003. Desde então, a consultoria tem trabalhado com seu portfólio de serviços de desenvolvimento sob medida, além de apoiar seus clientes e parceiros que desejem aplicar os testes Hogan junto a seus colaboradores ou clientes.
A Ateliê RH também é autorizada a realizar programas de certificação na metodologia Hogan no Brasil, já tendo qualificado mais de mil e duzentos profissionais de vários estados brasileiros.
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