O que a Geração Z espera das empresas em 2026

A Pesquisa de Carreira da Brasil Júnior, realizada com mais de 4 mil universitários e recém-formados do Movimento Empresa Júnior, mostra que a escolha profissional da nova geração é guiada menos pelo cargo e mais pela cultura da empresa. O estudo indica que cultura organizacional, oportunidades de aprendizado e abertura ao diálogo são hoje os fatores que mais pesam para jovens decidirem onde entrar e por quanto tempo permanecer.

“Eles querem ser ouvidos, entender como é o dia a dia, saber se a cultura é coerente com o discurso da empresa”, aponta Caio Leal, presidente da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, .

A pesquisa mostra que 52% dos jovens colocam a cultura organizacional e o ambiente de trabalho como principal critério de escolha; 49% buscam oportunidades de aprendizado contínuo; e 47% apontam a coerência entre discurso e prática como elemento decisivo para permanecer em uma empresa.

O que os jovens realmente querem?

Os dados ajudam a explicar o que os jovens buscam ao iniciar a carreira. Segundo Caio Leal, essa geração olha primeiro para a empresa, não para a vaga. Ele destaca que a coerência entre discurso e prática, escuta ativa e espaços reais de participação pesam mais do que benefícios tradicionais. “O jovem quer ser ouvido, quer ter espaço de fala e quer entender o direcionamento”, afirma.

A pesquisa indica que escuta ativa, desenvolvimento pessoal e reconhecimento são os fatores que mais influenciam a permanência desses profissionais. No sentido oposto, metas inatingíveis, controle excessivo e lideranças pouco acessíveis aparecem entre as principais razões de saída.

Flexibilidade e escuta valem mais que plano de carreira

A pesquisa também mostra que, para a nova geração, flexibilidade e escuta têm mais peso do que planos tradicionais de carreira. Mais do que estabilidade ou promoções, os jovens buscam sentido no trabalho e qualidade de vida. “Cultura organizacional é um dos pontos que mais impacta”, afirma Leal. Ambientes que garantem autonomia, respeito e espaço para trocas tendem a reter talentos por mais tempo.

Mesmo assim, muitas empresas ainda reproduzem estruturas engessadas e processos que não conversam com a realidade desse público, segundo a análise da Brasil Júnior. “Às vezes a empresa quer parecer moderna no discurso, mas mantém processos arcaicos. Isso afasta”, diz Caio.

Para ele, o desafio não está só na contratação, mas em oferecer uma experiência de trabalho coerente com o que é prometido desde o processo seletivo.

Sobre Brasil Júnior

A Brasil Júnior é a entidade responsável por coordenar o Movimento Empresa Júnior (MEJ) no Brasil. Como organização sem fins lucrativos, tem a missão de formar líderes empreendedores e conectar estudantes universitários a desafios reais do mercado. Atualmente, o MEJ conta com 25 mil jovens, reúne 1.449 empresas juniores e está presente em 270 instituições de Ensino Superior. Em 2024, o movimento faturou mais de R$ 88 milhões, valor 100% reinvestido na capacitação dos membros.

Sobre Presidente Executivo da Brasil Júnior

Caio Leal é mineiro e estudante de Ciência Política na Universidade de Brasília (UnB). Ingressou no Movimento Empresa Júnior (MEJ) em 2020 e ocupou diferentes cargos de liderança. Já foi Presidente Organizacional da Strategos Consultoria Política Jr., Diretor de Relacionamento da Federação de Empresas Juniores do Distrito Federal (CONCENTRO-DF) e Líder de Relações Institucionais e Governamentais da Brasil Júnior. Agora, à frente da Brasil Júnior, busca fortalecer o impacto do MEJ no Brasil, aproximar jovens empreendedores do mercado e ampliar as oportunidades dentro das universidades.