Conflito entre gerações: estratégias para gerenciar quatro gerações no trabalho

Com o passar das gerações o mercado de trabalho lida com novas propostas de trabalho e também com profissionais com objetivos diversos. A pandemia trouxe o modelo home office e híbrido, por exemplo. O que antes era o emprego dos sonhos de uma pessoa, hoje não é mais. E com o passar dos anos, é natural que as novas gerações tragam diferentes necessidades e haja conflito, pois, atualmente são quatro gerações (baby boomer e gerações X, Y e Z) dividindo o mesmo espaço e organização.

De acordo com a presidente da ABRH-SP, Lia Aere, antes de qualquer coisa, é necessário que todos estejam mais abertos, tanto os mais jovens quanto os mais velhos, pois é natural que as novas gerações tragam novas demandas.

“Antigamente, o sonho de um trabalhador era entrar em uma empresa e fazer carreira nela. Hoje, não é mais assim. O que antes era muito valorizado, hoje não é. Os jovens querem viver outras experiências, ter qualidade de vida e se preocupam com sustentabilidade e natureza, por exemplo. São visões de mundo diferentes”, explica.

Segundo relatório da consultoria McKinsey, em 2025 a Geração Z já representa 1/4 da força de trabalho global. Em mais cinco anos, devem chegar a 30%. A pergunta é: eles estão preparados para as cobranças?

O fato de os jovens não se submeterem a algumas situações no ambiente de trabalho não quer dizer que seja “mimimi”, segundo Lia. Ela conta que eles entendem cobrança como comando e controle e não aceitam o que antigamente era facilmente absorvido pela geração X.

E é justamente aí que entram as queixas de lideranças. Gestores ficam receosos de cobrar algo dos jovens, pois essa cobrança pode ser absorvida de forma errônea.

De acordo com a diretora de Saúde Corporativa e Segurança do Trabalho da RHMED, Márcia Fiori, é importante ter um protocolo bem definido, com canais para denúncias, e o envolvimento do RH.

“A gestão precisa de resultados e a cobrança faz parte do profissionalismo. Um gestor precisa atribuir tarefas, estabelecer metas e realizar alterações na jornada de trabalho, dentro das atribuições do cargo, além de fazer críticas construtivas ou avaliações do trabalho. O que configura assédio moral é como tudo isso é feito”, explica Márcia Fiori.

Lia reforça que a geração atual possui uma estrutura de raciocínio e visão de mundos diferentes.

“Antigamente, fumar e beber, por exemplo, eram sinônimos de status. Era chique. A nova geração bebe muito menos. É uma geração tecnológica, que nasceu sabendo mexer no celular. O site de buscas Google para eles já é ultrapassado. A geração baby boomer (nascidos entre 1946 e 1964) possui uma visão de mundo completamente diferente da Geração Z, e é normal que os conflitos ocorram de geração para geração”, explica.

E como trabalhar a equidade e diversidade no ambiente de trabalho? Lia garante que é desafiador e que achar que tudo é “mimimi” é simplório. “A máquina não vai substituir o homem nunca. E as organizações precisam achar um bom termo. Decisões radicais são sempre mais difíceis de gerenciar”, fala a presidente, que completa: “É preciso que as organizações estejam mais abertas para que todos possam trabalhar juntos. Os mais velhos têm coisas a aprender com os mais jovens e vice-versa.”

Sobre a RHMED

Pioneira no segmento de medicina ocupacional e segurança do trabalho, a RHMED|RHVIDA acumula mais de 28 anos de experiência e quase 800 mil vidas sob gestão. Com sedes no Rio de Janeiro e em São Paulo, a empresa atende a 30% dos maiores empregadores do país e tem uma rede de mais de três mil prestadores credenciados, distribuídos por todas as regiões do Brasil.

A RHMED|RHVIDA é referência no suporte a corporações para a proteção de seus trabalhadores e o controle de custos com saúde ocupacional e assistencial por meio da inteligência na gestão. Desde 2020, é signatária da Rede Brasil do Pacto Global da ONU, iniciativa que busca encorajar empresas a adotarem políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade.