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Longevidade transforma a previdência e o mercado de seguros no Brasil

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  /Cqcs/Beatriz Adamoli
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Com o aumento da expectativa de vida e a maior longevidade no mercado de trabalho, observa-se uma transformação significativa nas demandas por produtos de previdência e seguros. Segundo dados do IBGE, em 2023 a expectativa de vida no Brasil chegou a 76,4 anos, superando em 11,3 meses o ano anterior. Essa mudança demográfica pressiona o setor a oferecer soluções mais robustas de proteção e renda, voltadas para um período de vida pós-laboral cada vez mais longo. Paralelamente, cresce também o número de pessoas com 50 anos ou mais que permanecem ativas profissionalmente, com o objetivo de manter uma renda estável. Esse novo cenário tem levado muitos a postergar o resgate de seus planos de previdência, como parte de uma visão estratégica para garantir maior segurança financeira a longo prazo.

A permanência no mercado de trabalho nessa faixa etária ocorre tanto por necessidade quanto por escolha. Muitos desejam se manter ativos, o que altera a lógica tradicional da aposentadoria, que antes seguia um modelo linear, onde o indivíduo trabalhava até uma idade fixa, se aposentava e passava a viver exclusivamente com os rendimentos acumulados ao longo do tempo. Atualmente, esse ciclo tem se tornado mais dinâmico, com transições graduais entre o trabalho ativo, a preparação para a aposentadoria e o início do uso dos recursos acumulados. Consequentemente, surge um novo perfil de investidor previdenciário, que exige soluções mais flexíveis e alinhadas às diferentes fases da vida, incluindo a possibilidade de desacelerar no mercado de trabalho sem, necessariamente, se aposentar por completo.

De acordo com Sandro Costa, presidente da Comissão de Produtos por Sobrevivência da FenaPrevi, o novo comportamento revela uma evolução importante nos ciclos financeiros do investidor. “As pessoas vão utilizando o dinheiro acumulado de forma mais estratégica, em fases de transição, e não mais de uma só vez e por mais que o valor acumulado seja elevado, a desacumulação precisa ser feita com muito cuidado”, destaca. Segundo ele, o momento de usar os recursos varia conforme as circunstâncias pessoais, e há uma preferência por postergar o resgate enquanto houver estabilidade financeira e atividade profissional.

Ele ainda observa que hoje as pessoas trabalham enquanto se preparam para uma segunda carreira, desacelerando no mercado de forma gradual. “Vemos um movimento em que o resgate só ocorre quando realmente é necessário, mesmo com a possibilidade de resgates a cada 30 dias”, afirma.

Esse entendimento de que a aposentadoria pode ser mais gradual e segmentada se conecta diretamente ao conceito de “ciclo de renda”, recentemente regulamentado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). A norma permite que o segurado planeje momentos específicos para começar a receber sua renda, definindo o percentual do saldo a ser convertido, o tipo de renda e os períodos de pagamento, com flexibilidade. “O ponto principal é que temos ciclos de acumulação e desacumulação. Muitas optam por iniciar a conversão em renda vitalícia apenas no último estágio da vida, buscando maior previsibilidade e segurança”, completa Sandro Costa.

De acordo com a regulamentação, a seguradora deve apresentar uma proposta formal de renda com pelo menos 90 dias de antecedência, e o período mínimo de pagamento deve ser de cinco anos, o que reforça o caráter previdenciário dos produtos. Essa mudança representa uma resposta direta ao comportamento de um público que deseja mais autonomia e controle sobre o uso dos seus recursos ao longo do tempo.

Nesse contexto, o conceito tradicional de aposentadoria está sendo reconfigurado. O planejamento financeiro, antes concentrado no encerramento da vida profissional, agora abrange uma fase ativa mais longa, com novas demandas. Para Marcos Ferreira, fundador da Silver Hub, o novo panorama pressiona o setor de seguros e previdência a criar soluções mais robustas e de longo prazo. “É necessário incluir proteção contra doenças crônicas, perda de autonomia e a necessidade de complementar a renda por um período maior”, explica.

Ferreira aponta ainda que o mercado tem começado a incorporar coberturas de saúde, cuidados continuados e mecanismos que garantam liquidez ao longo das décadas. Isso se deve também ao fato de que os consumidores atuais são diferentes da geração anterior. A familiaridade com tecnologia e a automatização de processos têm elevado a expectativa por produtos mais personalizados, que atendam às necessidades específicas de cada perfil.

“Esse público procura não apenas segurança financeira, mas também flexibilidade: soluções que acompanhem diferentes fases da vida, do trabalho ativo à aposentadoria, passando pelo cuidado com saúde e bem-estar”, destaca Ferreira.

Sob essa perspectiva, surgem demandas específicas que exigem do setor mais do que adaptações pontuais. Há uma necessidade crescente de iniciativas mais amplas e estruturadas, capazes de acompanhar o envelhecimento da população brasileira. De acordo com Ferreira, três grandes frentes se destacam entre os clientes maduros: a proteção contra despesas médicas de longo prazo, instrumentos de renda que garantam estabilidade financeira e produtos que promovam um envelhecimento saudável, autônomo e independente.

“O mercado começa a responder com seguros voltados a cuidados prolongados, planos de previdência adaptados ao novo perfil demográfico e iniciativas que integram saúde, tecnologia e bem-estar. Ainda há muito espaço para inovação, principalmente em produtos híbridos, que unem cobertura financeira a serviços de suporte no dia a dia”, conclui o especialista.


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