Networking jurídico: como construir autoridade e gerar negócios em eventos do setor

Com a concentração de congressos e imersões jurídicas em diferentes regiões do país, o momento tem sido propício para advogados que buscam atualização profissional e novas conexões de negócio. A movimentação do calendário jurídico fora dos tribunais abre espaço para estratégias de posicionamento, especialmente em eventos presenciais. Nesse cenário, Edgard Dolata, advogado, professor convidado em programas de educação executiva e especialista em liderança na advocacia, defende uma atuação mais intencional e estruturada no networking jurídico.

Para Edgard, a presença em eventos jurídicos deve ir além da troca de contatos e exige planejamento estratégico por parte dos profissionais que buscam visibilidade e autoridade no setor. “Networking não é só trocar cartões. É saber construir confiança, gerar valor e deixar uma marca. É uma via de mão dupla que exige preparo e clareza sobre como você quer ser lembrado no mercado”, afirma Dolata, que também é mentor de carreira e fundador do projeto Advocacia Visionária, iniciativa de formação que já impactou centenas de advogados no país, com foco em posicionamento, gestão e cultura digital.

Segundo o especialista, muitos profissionais desperdiçam oportunidades por falta de intencionalidade na participação em eventos. “Estar em um congresso sem saber com quem você quer conversar, o que deseja comunicar ou qual espaço pretende ocupar é como abrir uma banca em uma feira e esquecer de levar os produtos”, compara. A orientação que compartilha em suas mentorias inclui desde a preparação prévia, com pesquisa sobre participantes e temas, até estratégias para o pós-evento, como manter um relacionamento ativo e ético com os contatos estabelecidos.

Dolata também chama atenção para o papel das redes sociais jurídicas, como o LinkedIn e os grupos especializados, que funcionam como extensões digitais do networking presencial. Para ele, a autoridade profissional precisa ser cultivada de forma coerente nos ambientes físicos e virtuais. “A construção da marca pessoal começa muito antes do aperto de mão. O conteúdo que você compartilha, a forma como interage e os valores que transmite contam mais do que qualquer pitch ensaiado”, pontua o advogado.

O advogado destaca ainda que o networking eficaz no Direito não se resume à troca de indicações, mas envolve colaboração real, respeito às normas éticas da profissão e disposição para gerar impacto coletivo. “A advocacia é uma atividade baseada em confiança. Ninguém recomenda um colega que acabou de conhecer se não enxergar integridade e clareza na entrega. Por isso, o posicionamento precisa vir antes da autopromoção”, conclui.

Sobre Edgard Dolata

Edgard Dolata é advogado, empresário e especialista em privacidade de dados, com mais de 15 anos de atuação empreendedora no setor jurídico. É sócio das empresas Dopp Dolata Advogados, Legal Comply e Quantix Gestão, além de idealizador da Advocacia Visionária — iniciativa voltada à mentoria estratégica para advogados gestores. Com forte atuação nas áreas de LGPD, segurança da informação, gestão jurídica e vendas, Dolata também é consultor, palestrante e host do podcast “Papo com Quem Faz”, no qual entrevista profissionais que lideram projetos com propósito e inovação.