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Era dos agentes: inteligência artificial rompe paradigmas, segundo Avanish Sahai

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Gabriela Gimenes
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Era dos agentes: inteligência artificial rompe paradigmas, segundo Avanish Sahai

Para conselheiro da Meta, empresa brasileira que transforma negócios com tecnologia, IA projeta disrupção profunda nos modelos de receita, no papel das pessoas e na governança global. Para ele, empatia e sustentabilidade serão os pilares de um futuro competitivo e responsável

Avanish Sahai, conselheiro da Meta, e Telmo Costa, CEO da empresa

A inteligência artificial chegou com uma velocidade sem precedentes e está desafiando as estruturas mais estabelecidas do mundo corporativo. Essa foi a mensagem central de Avanish Sahai, conselheiro da brasileira Meta, chairman do Brazil at Silicon Valley 2025 e ex-executivo de empresas como Google, Salesforce e Oracle, em um encontro estratégico com lideranças realizado nos últimos dias em São Paulo. Com mais de três décadas de vivência no Vale do Silício, Avanish afirmou que acompanhou de perto o nascimento da internet, o lançamento do iPhone e a popularização do modelo as-a-service, mas nada se compara ao ritmo e ao impacto da inteligência artificial generativa.

A IA está desafiando modelos de negócio que pareciam inabaláveis. Um dos exemplos citados foi o Google: dos seus US$ 300 bilhões de receita anual, cerca de US$ 220 bilhões vêm de buscas. Com a popularização das IAs generativas, cada vez mais pessoas estão pesquisando direto em ferramentas como ChatGPT, o que pode afetar profundamente esse modelo. “A disrupção não escolhe tamanho. Nenhuma empresa está imune”, disse.A provocação que norteou sua fala foi direta: “Como se gera valor com IA?”. Para ele, não se trata apenas de adotar ferramentas tecnológicas, mas de repensar a operação das empresas como um todo. Os negócios mais avançados nesse processo tratam a IA como uma pauta estratégica no conselho, com métricas claras, envolvimento direto da liderança e integração entre áreas. “Não é um projeto de inovação isolado. É algo transversal, estrutural”, afirmou.

Segundo Avanish, vivemos a transição para um mundo operado por agentes, sistemas autônomos que não apenas executam tarefas, mas tomam decisões, interagem com colaboradores e clientes e, cada vez mais, se comunicam entre si. Esse novo modelo, chamado de “agentic”, já começa a se consolidar em fluxos de trabalho reais. Em breve, agentes de IA serão capazes de construir jornadas inteiras: desde o planejamento de uma viagem até a execução completa de reservas, pagamentos e reembolsos. No ambiente corporativo, o impacto será ainda maior, com cadeias inteiras de processos operadas por softwares inteligentes.

Essa revolução já está sendo acompanhada por investimentos gigantescos. Apenas quatro empresas - Microsoft, Amazon, Google e Facebook - devem investir juntas US$ 325 bilhões em infraestrutura de IA em 2025. A estimativa é que o retorno para o setor, mesmo sem considerar o mercado de software, chegue a US$ 830 bilhões nos próximos anos. O volume de capital é tamanho que os efeitos desses investimentos devem ser sentidos em toda a cadeia, abrindo caminho para que empresas de todos os portes alavanquem essa infraestrutura em suas estratégias.

O impacto, no entanto, não se limita à tecnologia. Avanish destacou que entre 20% e 25% das atividades dentro de uma empresa deverão ser afetadas pela IA, o que inclui reestruturações de função, mudanças de rotina e a necessidade de requalificação constante. Em áreas como o jurídico, por exemplo, estudos apontam que até 45% das tarefas poderão ser automatizadas. A questão, segundo ele, não é apenas técnica, mas humana. “Precisamos das pessoas. A IA deve ser usada para torná-las mais produtivas, não descartáveis”, reforçou. Para isso, será essencial que as lideranças atuem com empatia, compreendendo o impacto da tecnologia na realidade dos times.

Outra camada fundamental da discussão envolve a sustentabilidade. Com bilhões sendo aplicados em data centers - infraestrutura crítica para viabilizar os agentes - cresce também o consumo de energia e água em escala global. Avanish alertou para o impacto ambiental da nova era tecnológica e defendeu que métricas de eficiência e responsabilidade ambiental entrem no centro das decisões corporativas. “Essa transformação só fará sentido se for conduzida com consciência”, afirmou.

Outro desafio são as implicações geopolíticas. Avanish comparou os movimentos dos Estados Unidos e da China no desenvolvimento da IA. Enquanto o modelo norte-americano ainda debate como regular a tecnologia, o chinês avança rapidamente com forte alinhamento entre governo e empresas. O lançamento do modelo DeepSeek, mais eficiente, mais barato e open source, foi descrito como um “terremoto” no setor. “Metade das câmeras de trânsito do mundo está na China. Imagine o reconhecimento facial que eles têm. O poder de coleta e análise de dados é incomparável”, alertou.

Em resposta a uma pergunta da plateia, Avanish destacou ainda o papel da IA na educação. Para ele, é urgente o letramento digital de professores, dos alunos e também dos pais, que muitas vezes resistem ao uso da tecnologia. “Nossos filhos vão viver até os 100 anos. Isso muda tudo. O processo de aprendizado tem que ser contínuo, adaptativo, distribuído. E as escolas que negarem a IA vão ficar para trás”, afirmou.

A nova geração, segundo ele, viverá uma realidade de reinvenção constante. “Estima-se que essas pessoas terão, em média, sete carreiras ao longo da vida e várias delas ainda nem foram inventadas. Isso exige uma mudança profunda na forma como educamos e como nos preparamos para a resiliência.” Nesse cenário, a IA será tanto uma ferramenta de transformação quanto uma alavanca para o autoconhecimento e a adaptação profissional.

Ao final, Avanish resumiu os dois grandes eixos que, na sua visão, devem guiar a adoção da inteligência artificial nas empresas e na sociedade: empatia e sustentabilidade. “A tecnologia está pronta. A questão agora é: como vamos transformar as empresas e a vida das pessoas com ela?”.

Sobre a Meta

A Meta transforma negócios com inovação e tecnologia, guiando empresas por uma jornada de evolução, que combina estratégia, serviços com inteligência artificial e execução com precisão. Com 35 anos de atuação, a Meta oferece um portfólio abrangente e ágil, em que cada solução é testada e aperfeiçoada em nossa própria operação, garantindo que os clientes recebam resultados reais, práticos e escaláveis.

Com mais de 2.500 colaboradores e uma atuação global, a Meta é parceira estratégica de mais de 200 clientes em 8 países, levando adiante uma abordagem centrada no ser humano e sustentada por práticas transformacionais. Na Meta, inovação não é apenas uma promessa: é o diferencial que aplicamos para simplificar a transformação digital, unindo o que há de mais avançado em tecnologia com a compreensão profunda dos desafios de cada cliente.


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