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Tensão comercial entre Brasil e EUA pode ser solucionada com decisões estratégicas

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Sérgio Miguel
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Pedro Signorelli, especialista na implementação do método OKR e fundador da Pragmática Consultoria em Gestão - Divulgação da Pragmática Pedro Signorelli, especialista na implementação do método OKR e fundador da Pragmática Consultoria em Gestão - Divulgação da Pragmática

Por Pedro Signorelli

As relações entre Brasil e Estados Unidos enfrentam um novo capítulo de turbulência. O presidente americano Donald Trump anunciou que, a partir de quarta-feira, 6 de agosto, todas as importações brasileiras estarão sujeitas a uma tarifa de 50%. O comunicado foi publicado em sua própria rede social, a Truth Social, e representa um movimento agressivo que pode redesenhar o posicionamento comercial brasileiro no curto prazo. Diante disso, torna-se essencial ao Brasil adotar uma abordagem estratégica flexível, capaz de se adaptar rapidamente à conjuntura internacional, uma lógica alinhada a modelos de planejamento por ciclos curtos e metas dinâmicas.

A resposta brasileira foi imediata. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a iniciativa como “inaceitável” e convocou uma reunião de emergência com ministros da área econômica e de relações exteriores. Embora as exportações brasileiras aos EUA representem uma fatia modesta da economia nacional, cerca de 12% do total exportado e menos de 2% do PIB, setores específicos como os de aço, café, aeroespacial e de tecnologia eletrônica podem sofrer consequências significativas.

O agravamento do conflito comercial remonta a abril, quando Trump reintroduziu uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros. Desde então, seu discurso vem se tornando mais agressivo, com críticas abertas ao governo Lula e ao Judiciário brasileiro. Na mensagem que oficializou a nova taxação, Trump voltou a atacar o processo legal envolvendo Jair Bolsonaro, chamando-o de “caça às bruxas”, e acusou o Brasil de prejudicar empresas norte-americanas com práticas comerciais injustas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) também foi alvo de acusações. Trump condenou sanções aplicadas a plataformas digitais por descumprimento de ordens judiciais, alegando que se tratam de ações motivadas por “censura ilegal e secreta”. O posicionamento ecoou entre seus apoiadores e influenciadores conservadores nos Estados Unidos, adicionando mais tensão à já delicada relação entre os países.

Nesse contexto de instabilidade, adotar uma gestão orientada por OKRs (Objectives and Key Results) pode ser uma alternativa eficaz, ao permitir que empresas e o governo brasileiro estabeleçam objetivos claros e ajustáveis conforme o ambiente evolui, mantendo o foco mesmo em cenários de alta incerteza.

Lula enfatizou que o diálogo com os Estados Unidos vinha sendo construído desde março, inclusive com propostas formais apresentadas em maio. Segundo ele, a medida desconsidera os avanços diplomáticos recentes e rompe com a confiança mútua necessária nas relações exteriores. O governo brasileiro reiterou que não aceitará imposições unilaterais e está estudando contramedidas.

Foi instituído um comitê interministerial, liderado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O grupo vem ouvindo setores afetados e analisa a possibilidade de levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC), como forma de buscar respaldo internacional contra a nova política tarifária americana.

O impasse se aprofunda com a abertura, pelos EUA, de uma investigação baseada na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. Conduzido pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), o inquérito avaliará práticas brasileiras em áreas como comércio digital, métodos de pagamento, propriedade intelectual e políticas de tarifas preferenciais.

Utilizada em disputas anteriores, especialmente com a China, a Seção 301 é vista por especialistas como um instrumento de pressão fora das regras multilaterais, frequentemente contestado por sua abordagem unilateral, que ignora canais como a OMC.

Esse movimento reforça a urgência de o Brasil ampliar e diversificar seus acordos comerciais. A tensão com os EUA pode acelerar a formalização de parcerias com outros blocos e nações, em especial com a União Europeia e a China, que hoje ocupa o posto de principal parceiro comercial brasileiro. “Não podemos depender dos interesses de um único governo. O momento pede laços mais consistentes com países que respeitam o diálogo multilateral”, comentou um diplomata brasileiro sob anonimato. Esse redirecionamento exige capacidade de revisão constante da estratégia, com foco em agilidade e adaptação rápida.

Do ponto de vista doméstico, os efeitos ainda estão sendo analisados, mas já há preocupação sobre como o Brasil será percebido globalmente como parceiro comercial. Representantes da indústria temem prejuízos à competitividade internacional, sobretudo nos segmentos de bens manufaturados de alta tecnologia.

Internacionalmente, a disputa entre as duas maiores economias do continente americano desperta atenção crescente. O tema deve ganhar espaço em encontros multilaterais como o G20 e em agendas bilaterais previstas para o segundo semestre. Especialistas avaliam que o desenrolar desse conflito poderá redefinir a balança de influência na América Latina. Empresas e países que souberem alinhar seus movimentos a estratégias claras, com ajustes constantes e foco em resiliência operacional, estarão mais bem preparados para enfrentar essa nova fase da geopolítica global.

Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas.


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