Papel estratégico dos Centros de Serviços Compartilhados cresce com reforma tributária
Por Max Carneiro, Especialista em Estruturação e Transformação de CSC e membro associativo da ABSC
A reforma tributária que o Brasil começa a implementar a partir de 2026 representa muito mais do que uma mudança no sistema de impostos: ela redefine o modo como as empresas precisam operar. Com a criação do IVA e o novo foco no destino das operações, a complexidade fiscal aumentará significativamente, exigindo integração de sistemas, rastreabilidade em tempo real e governança rigorosa. Neste cenário, os Centros de Serviços Compartilhados (CSCs) deixam de ser apenas áreas de suporte e assumem um papel estratégico para garantir a adaptação das empresas à nova realidade tributária.
Os CSCs serão os grandes responsáveis por transformar desafios em oportunidades. A centralização de processos fiscais e operacionais permitirá que as empresas enfrentem a reforma de maneira mais eficiente, reduzindo riscos de não conformidade, evitando multas e otimizando custos. Em um ambiente em que as regras tributárias serão mais dinâmicas e a exigência de controle de dados será elevada, a atuação dos CSCs se torna essencial para a sobrevivência e competitividade dos negócios.
Mas para que os CSCs cumpram esse papel, será necessário ir além da execução de tarefas. Será preciso fortalecer sua função como polos de inteligência de negócios, antecipando mudanças, adaptando fluxos internos, propondo soluções e integrando tecnologia e análise de dados de forma estratégica. Não se trata apenas de cumprir prazos e obrigações, mas de transformar a área tributária em vantagem competitiva para a empresa.
Para isso, é fundamental adotar uma abordagem proativa: criar comitês internos multidisciplinares para mapear impactos da reforma, revisar sistemas fiscais e ERPs para atender às novas exigências do IVA, investir em automação e inteligência artificial e capacitar continuamente as equipes para lidar com a nova complexidade tributária. Além disso, empresas que possuem CSCs descentralizados devem reavaliar sua estrutura para maximizar a eficiência, a padronização de processos e a governança em âmbito nacional.
Empresas que fortalecerem seus CSCs estarão melhor preparadas para se adaptar rapidamente às mudanças, capturar ganhos de eficiência e reduzir riscos fiscais, enquanto aquelas que subestimarem essa transformação poderão enfrentar custos elevados, atrasos na adaptação e perda de competitividade em um mercado que se tornará ainda mais exigente.
A reforma tributária já começou a transformar o cenário corporativo brasileiro. O momento exige que os CSCs assumam de vez seu protagonismo como hubs estratégicos de gestão, inteligência e inovação. Não se trata mais de uma tendência futura, mas de uma necessidade urgente para as empresas que desejam prosperar na nova economia tributária.
Sobre Max Carneiro
Max Carneiro possui mais de 20 anos de experiência na gestão de Operações de Negócios para projetos globais em Serviços Compartilhados e Indústria de BPO para LATAM, desenvolvendo e executando estratégias de negócios para crescimento de empresas, com foco no sucesso de clientes. Max é responsável campeão de Projetos com equipes multidisciplinares (equipes de Qualidade, Digital, RH, Facilities e Finanças) para implantação de melhorias de processos através da Transformação Digital, visando apoiar o Location Business Plan e a experiência do cliente. Em 2022 assumiu o cargo de Superintendente do Centro de Serviços Compartilhados da SABESP e atualmente é Executivo de CSC do Grupo Vital. Também é coautor do livro Best Seller Jornada CSC (2021). Foi Diretor Vice-Presidente de Pesquisa de Mercado da Associação Brasileira de Serviços Compartilhados durante os anos de 2021 e 2022 e Conselheiro da ABSC em 2023 e 2024.
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