Quais os mercados em alta para a tecnologia brasileira em 2025
Especialistas apontam um indicativo positivo principalmente para soluções ligadas ao mercado financeiro em países como México e Argentina
O ano começou com um cenário econômico no mínimo incerto, com oscilações do dólar ainda em patamares elevados e a sequência de altas na taxa de juros no Brasil que criam desafios para as empresas de diferentes segmentos. No âmbito da tecnologia, os impactos globais são frequentemente sentidos pelo alto fluxo de negócios envolvendo moedas internacionais que as empresas realizam, como a importação e exportação de serviços e softwares — além do próprio intercâmbio de profissionais entre diferentes países.
Diante desse cenário, alguns mercados podem encontrar oportunidades interessantes para a internacionalização em 2025. CEO do ITH (International Tech Hub), especializado em internacionalização de startups, Rodrigo Martins aponta que o Brasil tem sido visto com bons olhos internacionalmente para a execução de projetos de tecnologia, embora o movimento traga um risco de perda de profissionais para o mercado externo:
“Questões geopolíticas enfrentadas atualmente pela Ucrânia e as dificuldades em conduzir projetos com diferentes fusos horários, como no caso de Índia e Paquistão, têm favorecido o Brasil, que vem ganhando cada vez mais relevância na busca por profissionais do setor. Esse movimento também é impulsionado pela desvalorização do real frente ao dólar, o que, apesar de parecer vantajoso no curto prazo, não é uma situação ideal. É crucial aumentar as exportações de tecnologia brasileira, em vez de priorizar a exportação de mão de obra que acaba abastecendo a concorrência de empresas estrangeiras”, afirma.
Rodrigo sinaliza que parceiros econômicos dos Estados Unidos como Canadá e México podem viver um momento de investimentos devido ao crescimento da demanda, graças a políticas de near shore que podem ser implementadas pelo governo de Donald Trump. Com mais investimentos locais, as empresas podem buscar soluções tecnológicas que, pela proximidade e grau de maturidade do setor, podem ser fornecidas por empresas brasileiras, com destaque para fintechs. Situação semelhante pode ocorrer com a Argentina, que vive um momento de retomada econômica e modernização dos meios de pagamento e setores como educação e agronegócio, que podem buscar soluções inovadoras no Brasil.
“Além disso, políticas e regulações nos setores de Inteligência Artificial e criptomoedas, que se espera serem promovidas pelo governo Trump, podem gerar uma grande demanda por soluções nessas áreas, inclusive nos Estados Unidos, embora seus reflexos possam ser globais”, conclui Martins.
O risco do dólar alto
Especialista em cross-border payment e CEO na WTM, além de Conselheiro da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e diretor do GT (Grupo Temático) de internacionalização da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), Lisandro Vieira faz a ressalva de que a alta no dólar traz dois lados bem diferentes para as empresas de tecnologia brasileiras.
“Existe uma crença geral de que o dólar alto é bom para as empresas brasileiras exportadoras. Isso pode ser verdade dependendo da estratégia, porque a maioria das exportadoras recebe o pagamento do exterior e é obrigada a vender os dólares no Brasil para reais. Isso em primeiro momento parece bom, mas o problema é que a maioria das empresas exportadoras de tecnologia também importa muitos insumos de tecnologia, como serviços de nuvem, cloud, segurança cibernética, CRM, APIs, ferramentas de desenvolvimento de tecnologia, programação, bancos de dados, prototipação, etc. Então são muitos insumos que as empresas de tecnologia consomem que também são precificados em dólares”, explica Vieira.
Esse cenário de mão dupla aponta para a necessidade do que o especialista destaca como “estratégia cambial”, para que a empresa não seja refém das variações na moeda.
“A principal dica para as empresas que operam com receitas e despesas em outras moedas é que consigam encontrar uma forma de ter ou uma proteção contratada via banco, que normalmente custa um pouco mais caro, de 8 a 10 centavos de real por dólar, ou a melhor opção que seria manter parte dessa receita fora via parceiros, por meio de conta bancária ou uma empresa no exterior”.
Sobre a WTM
A WTM desenvolve soluções para simplificar e consolidar exportações e importações internacionais de serviços e tecnologia, com segurança e inteligência tributária. Em duas décadas, atendeu mais de 4,2 mil clientes, entre eles empresas como Fretebras, Omie, Hotmart, Involves, Ask Suite, Arquivei, Maxmilhas, Brasil Paralelo, Quiron, Gerdau, Méliuz e RD Station. Além do Brasil, a empresa está em expansão para outros países. Atualmente já possui unidades nos EUA, Canadá, Emirados Árabes Unidos, México, Peru, Portugal e Uruguai.
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