Arrecadação dos seguros de pessoas em 2024 soma R$ 72,7 bilhões

Ao analisar o desempenho por produto, constata-se que os prêmios do seguro de Vida Individual aumentaram 21,5%, os do Prestamista cresceram 21,3%, e os do seguro de Acidentes Pessoais tiveram expansão de 18,0%. Assim, na distribuição do total arrecadado, 47% corresponderam ao seguro de Vida (modalidades individual e coletiva), 28% ao seguro Prestamista e 13% ao seguro de Acidentes Pessoais.

“Apesar dos resultados positivos, ainda há um grande gap de proteção securitária a ser superado no Brasil. A pesquisa Fenaprevi/DataFolha de 2024 apontou que 82% dos brasileiros acima de 18 anos não possuem seguro de vida. Outro dado relevante é que, embora o Brasil seja a 9ª maior economia do mundo, segundo o Banco Mundial, ocupa apenas a 42ª posição no ranking da OCDE de prêmios sobre o PIB, que considera 54 países”, avalia Edson Franco, presidente da Fenaprevi.

O executivo destaca que as seguradoras podem ampliar ainda mais o portfólio de soluções oferecidas à sociedade. “Acreditamos que o Seguro de Vida Universal, com a devida regulamentação, terá no Brasil o mesmo êxito alcançado em outros países, tornando-se um importante instrumento de proteção ao patrimônio familiar. Nossa expectativa é que, em 2025, esse seguro já esteja disponível para a população brasileira”, reforça Franco.

Setor transfere R$ 16 bilhões em indenizações aos segurados

O relatório também aponta que, em 2024, foram pagos R$ 16 bilhões em indenizações de seguros de pessoas, um crescimento de 6,0% em relação aos sinistros pagos em 2023.

Ao analisar os pagamentos por produto, observa-se que 53% das indenizações foram referentes a seguros de Vida (individual e coletivo), 22% ao seguro Prestamista e 11% ao seguro de Acidentes Pessoais. Comparando os valores pagos com os do ano anterior, o seguro Viagem registrou o maior crescimento (46,7%), seguido pelo seguro Prestamista (27,6%) e pelo seguro de Vida Individual (25,8%).

A pesquisa Fenaprevi/DataFolha de 2024 também revelou os principais receios dos brasileiros, muitos dos quais já contam com coberturas oferecidas pelo setor segurador e previdenciário. Para Edson Franco, é fundamental ampliar a conscientização sobre a importância da proteção financeira. “Nossos produtos de proteção à renda fazem a diferença na vida das famílias, seja garantindo uma aposentadoria que permita um envelhecimento digno, seja oferecendo suporte financeiro em situações de doença, invalidez ou morte prematura”, conclui o executivo.