Crise demográfica na China: como o envelhecimento ameaça o futuro da segunda maior economia do mundo

A China enfrenta uma crise demográfica sem precedentes, que pode comprometer seu crescimento econômico e sua posição global.

Com uma população em rápido envelhecimento e taxas de natalidade historicamente baixas, o país precisará apostar na tecnologia e na automação para manter sua competitividade nas próximas décadas.

Encolhimento populacional: o grande desafio chinês

Segundo projeções da ONU, a população chinesa pode cair 55% até o final do século, enquanto os Estados Unidos devem crescer 18% no mesmo período.

O país enfrenta uma escassez iminente de mão de obra, dificultando a manutenção do ritmo de crescimento econômico.

A China já adotou políticas para incentivar o aumento da natalidade, como o fim da política do filho único e estímulos financeiros para famílias que tenham mais filhos.

Mudança no comportamento social dos jovens chineses

Mesmo com incentivos do governo, os jovens chineses não querem ter mais filhos. Os principais motivos incluem:

Alto custo de vida – moradia, educação e saúde se tornaram cada vez mais caros
Longas jornadas de trabalho – muitos jovens preferem focar na carreira e no bem-estar pessoal
Mudança nas prioridades – o casamento e a parentalidade não são mais vistos como essenciais
Em 1970, uma mulher chinesa tinha, em média, seis filhos. Em 2024, esse número caiu para um ou menos, e em cidades como Xangai, a taxa de fertilidade é 0,6, bem abaixo dos 2,1 necessários para manter a população estável.

Tecnologia e automação: as soluções para o futuro da China

Diante da redução da força de trabalho, a China está apostando em avanços tecnológicos para manter sua competitividade:

Automação e Inteligência Artificial para substituir trabalhadores em setores estratégicos
Expansão da robótica industrial para compensar a queda na mão de obra
Investimentos em inovação para manter o crescimento econômico sustentável
O que esperar da população da China nos próximos anos?

A China pode enfrentar uma desaceleração econômica devido à falta de trabalhadores e ao aumento dos custos sociais do envelhecimento. No entanto, seu sucesso dependerá da capacidade de adaptação às novas tendências globais e do desenvolvimento de soluções tecnológicas para compensar a perda populacional.