Análise de dados e projeções climáticas podem ajudar setor de seguros
Com dados fornecidos pela Defesa Civil desde o ano 2000, o painel do Observatório de Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) mostra o aumento dos desastres ao longo dos últimos anos no Brasil, que, influenciados pelas mudanças climáticas, estão mais frequentes e em maior escala. Para oferecer soluções adaptadas aos riscos desses eventos, o setor de seguros deve começar a olhar para análise de dados e projeções climáticas, em vez de se basear em estatísticas passadas.
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado eventos climáticos extremos, como secas severas na Amazônia e no Centro-Oeste, além de incêndios florestais intensificados pela estiagem prolongada. Enchentes devastaram cidades no Sul do país, enquanto ciclones extratropicais têm ocorrido com mais frequência, causando destruição e instabilidade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a perda econômica foi de R$ 100 bilhões.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, a frequência e a escala de eventos climáticos é um desafio para o setor de seguros, que hoje funciona com base em estatísticas passadas. “Como você está tendo uma mudança de clima rápida, essas estimativas do passado não são mais adequadas para avaliar o futuro”, afirmou o executivo durante entrevista ao “Poder Entrevista“, programa do Poder360.
Cabe destacar que os eventos que aconteceram nos últimos anos estão dentro das estimativas do setor, que trabalha com provisões para pagamento de indenizações, ou seja, esses fatores não afetaram a realidade do setor, sem impactos ou riscos ao funcionamento dele. A preocupação é, ponderou Oliveira, a constatação de que as pessoas não possuem seguro. “Precisamos expandir muito o seguro. Os eventos climáticos cresceram muito, em termos de frequência e de impacto. Sempre tivemos enchente, seca e algum tipo de vendaval, mas impactavam menos”, disse.
O presidente da Confederação lembrou que as seguradoras cobrem o risco de enchentes e uma série de eventos climáticos, mas com base em dados que não são mais da realidade, o que mostra a necessidade de uso de análise de dados e modelos de projeção. “Temos modelos bons para curto e longo prazo, mas temos dificuldade de prever os próximos 1 ou 2 anos”, destacou Oliveira. “Outra questão é a infraestrutura do país, que não tem seguro. Rodovias, estradas, ferrovias, portos, aeroportos têm pouca proteção para incidentes climáticos”, apontou.
30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – ou COP30 – reunirá líderes mundiais, organizações internacionais e a sociedade civil para definir os próximos passos no combate à crise climática. O evento, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA), será uma oportunidade histórica para o Brasil fortalecer sua liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global.
Ligada a pauta, a CNseg criou a Casa do Seguro, que será ponto de encontro do mercado de seguros com outros setores econômicos, promovendo discussões sobre a gestão de riscos climáticos, financiamento sustentável e integrando agentes públicos, privados e da sociedade civil. O projeto faz parte da agenda da entidade de posicionar o setor como chave na busca de soluções para questões climáticas.
“Estamos empenhados em participar da COP porque o setor de seguros tem papel frente às mudanças climáticas e precisa ser melhor considerado nessas discussões. É um setor que assume e que é gestor de riscos”, ressaltou o presidente da CNseg.
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