O que o PIX e as Bets têm para ensinar ao mercado de seguros?
Por Pedro Pires
A inovação raramente pede permissão. Ela acontece. Avança rápido, quebra padrões, cria mercados do zero — e só depois as regras aparecem para tentar colocar ordem no caos.
O Pix e o boom das apostas online são exemplos perfeitos disso. Ambos cresceram em uma velocidade que a regulamentação não conseguiu acompanhar.
O resultado? Expansão acelerada, seguida de uma corrida para ajustar processos, corrigir falhas e, claro, lidar com crises.
Mas o setor de seguros é um jogo diferente. Aqui, a regulamentação já existe. E quem não entender isso, ou fingir que pode ignorá-la, vai perder espaço — mais cedo do que imagina.
O Caso do Pix: Agilidade Que Custou Caro em Segurança
Quando o Pix foi lançado em 2020, ele parecia a solução perfeita: rápido, fácil, sem taxas e disponível 24/7. O Brasil abraçou o sistema com entusiasmo, e o crescimento foi estrondoso. Só que essa mesma agilidade abriu uma porta perigosa: o aumento das fraudes.
Criminosos perceberam rapidamente que poderiam explorar a falta de camadas robustas de segurança no início da implementação.
O Banco Central precisou correr atrás do prejuízo, criando novas regras para controlar riscos — limites de transferência, notificações de transações suspeitas, medidas de proteção para usuários.
E o que o PIX nos ensina? A inovação sem estrutura de segurança é terreno fértil para problemas. Crescer rápido é bom, mas se você não antecipa os riscos, acaba gastando mais para corrigir o que poderia ter sido prevenido.
O Boom das Apostas Online: Crescimento Primeiro, Regras Depois
Agora pense no mercado de apostas esportivas online.
Nos últimos anos, o Brasil viu uma explosão de plataformas e operadores, com patrocínios em clubes de futebol, anúncios em todos os lugares e um público cada vez mais engajado.
Mas havia um detalhe: o mercado crescia sem uma regulamentação clara.
O que aconteceu? O governo, percebendo o impacto econômico (e fiscal), acelerou a criação de um marco regulatório para o setor.
Agora, empresas precisam cumprir uma série de exigências para continuar operando: licenciamento, regras de transparência, mecanismos de proteção ao consumidor.
O ponto aqui é simples: as empresas que se anteciparam e criaram processos internos robustos antes da regulamentação chegaram mais preparadas para se adaptar.
As que ignoraram o cenário? Estão correndo atrás ou saindo do mercado.
No Setor de Seguros, as Regras Já Estão na Mesa — e Isso Muda Tudo
Diferente do Pix ou das apostas, o setor de seguros nunca foi um território livre. A SUSEP regula, fiscaliza e define o jogo desde sempre.
Isso significa que, enquanto outros setores experimentam primeiro e ajustam depois, no seguro você precisa estar preparado desde o início.
A boa notícia? Quem entende isso sai na frente.
Empresas que se antecipam às mudanças regulatórias não apenas evitam problemas — elas criam vantagens competitivas reais.
Pense na transição do mercado de proteção veicular para o modelo regulado da Split Risk Seguradora. Não foi uma simples mudança de estratégia.
Foi um movimento calculado, onde a adaptação às exigências da SUSEP não era vista como um fardo, mas como uma oportunidade para construir algo mais sólido, escalável e confiável.
Cooperativas de Seguro e Grupos Mutualistas: O Relógio Está Correndo
Agora olhe para as cooperativas de seguro e os grupos de proteção patrimonial mutualista.
Muitos ainda operam em uma zona cinzenta, achando que a regulamentação não vai bater à porta tão cedo. Mas ela vai.
A SUSEP já sinaliza uma movimentação mais rigorosa sobre esses modelos. Quem não se adaptar, vai enfrentar não só problemas legais, mas também uma perda significativa de credibilidade no mercado.
Aqui não é sobre "se" vai acontecer. É sobre "quando". E quando acontecer, será tarde demais para quem não se preparou.
O Que Aprendemos Com Tudo Isso?
Inovação é rápida.Regulamentação é lenta. Mas quando chega, é implacável.
Quem espera a regra para agir já está atrasado.As empresas que prosperam são aquelas que se antecipam, entendem o contexto e se adaptam antes da mudança ser obrigatória.
A conformidade não é um obstáculo. É uma vantagem competitiva.No setor de seguros, estar alinhado com as normas da SUSEP não significa apenas cumprir a lei. Significa operar com segurança, ganhar a confiança do mercado e criar bases para o crescimento sustentável.
O Pix nos mostrou que velocidade sem segurança tem um custo. O mercado de apostas provou que o crescimento desregulado uma hora esbarra em limites.
E o setor de seguros deixa uma lição simples: não existe crescimento sustentável sem base regulatória sólida.
A pergunta não é se a regulamentação vai mudar. Ela vai. Agora, o seu negócio está preparado para crescer mesmo assim? Ou você vai esperar a regra chegar para perceber que já perdeu o jogo?
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