Unimed Ferj: dívida bilionária, descredenciamentos e o desafio da recuperação
Os últimos meses foram de intensa movimentação no mercado de saúde suplementar, especialmente para a Unimed Ferj, que hoje detém a carteira de clientes da Unimed-Rio. A operadora enfrenta mais de R$ 2 bilhões em dívidas, atrasos nos pagamentos, o fim da parceria com a Rede D’Or, um termo de compromisso com a ANS e um aporte de R$ 1 bilhão para evitar crise. Além disso, houve descredenciamentos em hospitais e a venda de uma empresa de home care.
No final de dezembro de 2024, a ANS e a Unimed Ferj firmaram um termo de compromisso que flexibiliza regras até março de 2026 para tentar reequilibrar a operadora financeiramente. O acordo impede a suspensão da venda de planos e adia fiscalizações mais rígidas, desde que a continuidade do atendimento não seja comprometida. A Unimed Ferj deve regularizar sua contabilidade e melhorar sua liquidez, sob risco de multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.
Procurada dias depois pelo Cqcs, a ANS esclareceu que o Termo de Compromisso firmado visa garantir a continuidade da assistência aos beneficiários enquanto permite o reequilíbrio econômico-financeiro da operadora, com flexibilização regulatória sob prazos específicos. A Agência também informou que não possui dados sobre a dívida da operadora com prestadores no momento, mas segue monitorando a situação.
No começo de janeiro, a Unimed-Rio colocou à venda os 50% que detinha na Domus, companhia especializada em “home care” que presta assistência exclusivamente para beneficiários de planos da Unimed Ferj, segundo apuração do O Globo. Ainda na primeira quinzena do mês, informações levantadas pelo Valor Econômico junto a Associação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ) apontaram uma dívida de R$ 400 milhões da Federação, que tem atrasado pagamentos a médicos, hospitais, laboratórios e clínicas. Considerando débitos anteriores, o montante devido ultrapassa R$ 2 bilhões.
No final de janeiro, a Unimed Nacional recebeu um aporte de R$ 1 bilhão de 300 cooperativas médicas regionais para reequilibrar suas contas e evitar uma intervenção da ANS. O montante foi levantado com 10% das reservas técnicas das Unimeds locais, ajudando a cobrir uma dívida acumulada entre 2023 e 2024. A medida segue a lógica cooperativista, onde prejuízos exigem contribuições dos cooperados.
Futuro próximo
A partir de 18 de fevereiro, seis hospitais da Rede D’Or deixarão de atender usuários da Ferj: Quinta D’Or, Norte D’Or, Oeste D’Or, Glória D’Or, Perinatal e Jutta Batista. A partir do dia 19, o Hospital Egas Moniz, da Rede Casa, a maior prestadora de serviços hospitalares da Federação, também vai interromper os atendimentos aos beneficiários.
O mercado
Além da Unimed, a Amil passou por uma série de transformações, com fim de parcerias, prejuízos financeiros e mais. A expectativa é que, a partir da parceria com a Dasa, criando a Ímpar Serviços Hospitalares, a operadora consolide sua posição no mercado de saúde, com nova rede que incorpora 25 hospitais e diversas clínicas.
A Golden Cross também aparece na lista. A operadora transferiu sua carteira de clientes para a Amil, após um acordo entre as duas empresas e enfrentou problemas prestadores de serviços de saúde. Além disso, recentemente a ANS determinou a suspensão dos planos da empresa.
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