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A Geração Z não quer liderar? Como empresas estão inovando para engajar e formar novas lideranças

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Quase 25% da população brasileira é composta pela Geração Z, jovens nascidos entre 1995 e 2010. Esse grupo, que está ingressando no mercado de trabalho com uma visão de mundo marcada por propósito e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, desafia empresas a repensarem suas estratégias para atrair, engajar e formar novas lideranças.

Especialistas e jovens líderes compartilham suas visões sobre como preparar e motivar essa geração a assumir cargos de destaque.

A visão dos especialistas: como despertar o interesse da Geração Z pela liderança

Para Maria Gabriela de Souza, People Business Partner da Triven, despertar o interesse de jovens profissionais por cargos de liderança vai além de um plano de carreira bem estruturado. Segundo ela, é preciso alinhar os valores e expectativas dessa geração à cultura da empresa.

"A Geração Z valoriza a comunicação humanizada, empatia, colaboração e propósito. Se não enxergarem esses elementos na empresa e na liderança, dificilmente se sentirão motivados a seguir esse caminho", explica Maria Gabriela.

Flexibilidade e autonomia são fatores que, em sua visão, exercem grande influência. "Minha experiência me mostra que essa geração busca, com mais afinco, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Por isso, é importante que a empresa ofereça autonomia, flexibilidade, liberdade para gerir pessoas, metas factíveis e apoio no autocuidado e bem-estar", pontua.

Ela destaca ainda que ambientes inovadores, em que erros são tratados como oportunidades de aprendizado, são grandes atrativos para a Geração Z. Ao mesmo tempo, esses jovens esperam transparência e propósito no negócio, prezando sempre por um bom alinhamento de expectativas.

"Sem uma comunicação clara e transparente sobre os benefícios e desafios da liderança, a empresa pode perder ou até mesmo não conseguir engajar estes profissionais", alerta Maria Gabriela. Além disso, a especialista sugere o desenvolvimento de competências como inteligência emocional, resiliência e comunicação eficaz, além da capacidade de delegar tarefas com clareza e orientação para resultados.

Bruno Rodrigues, CEO da GoGood, HRTech referência em soluções de bem-estar corporativo, pondera que, em comparação com as gerações anteriores, a Geração Z demonstra menos ambição para ocupar cargos de liderança. "Isso ocorre porque o modelo de vida mudou muito nos últimos anos. A geração Z está mais preocupada com sua saúde física e mental e, por isso, é mais crítica em relação a longas jornadas de trabalho, pressão excessiva no ambiente corporativo e ao baixo equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Normalmente, tornar-se líder exige um nível de comprometimento maior do que o necessário para se manter em cargos de especialista, e esse é um preço que menos pessoas estão dispostas a pagar", afirma.

Apesar disso, Bruno observa que essa geração também apresenta uma forte conexão com propósito, impacto positivo e narrativas humanitárias, o que é uma vantagem para seu desenvolvimento. No entanto, aponta que características como baixa resiliência e alta ansiedade podem prejudicar a produtividade.

"Os atuais líderes precisam aprender a comunicar melhor o propósito e o significado do trabalho e das atividades, além de treinar emocionalmente o time para que ele consiga se destacar, especialmente quando as coisas não saem como esperado", conclui.

A experiência de jovens líderes da Geração Z

A empresária Martha Rodrigues, fundadora e CEO da HRtech Guapeco, é uma das representantes dessa nova geração de líderes. Seu primeiro contato com o mundo corporativo ocorreu durante a graduação em Administração, mas sua trajetória não parou por aí.

"Além da graduação, ter iniciado no mercado de tecnologia como estagiária logo na segunda fase da faculdade abriu meus horizontes para as diversas possibilidades de carreira que eu poderia trilhar: especialista, líder ou empreendedora. De forma geral, sempre gostei muito de ler e fazer cursos livres. Antes de empreender, eu me dedicava principalmente a conteúdos de vendas que se conectavam com a minha carreira na época, além de conteúdos de soft skills, como inteligência emocional, comunicação assertiva e liderança", conta Martha.

Atuando com uma solução inovadora de benefício corporativo para pets, Martha acumulou experiência no segmento de RH em empresas como Feedz, Xerpay (atualmente Betterfly) e Creditas. "Sempre gostei muito da persona do RH, que, ao contrário do que muitos dizem por aí, na minha visão, é uma persona com poder de compra e com muito interesse em inovar. Vivi isso na prática", relata.

Para ela, conhecer o mercado antes de empreender foi fundamental. “Muitos dos processos, templates e práticas implementadas na Guapeco eu aprendi nas empresas pelas quais passei. Também buscaria fazer benchmarks com profissionais de mercado que atuam na área de interesse para empreender e tentaria entender quais são os principais motivadores para começar um negócio”, destaca.

“O processo depende de esforço e ajuda de muitas pessoas”. É assim que o CEO da real estate fintech Versi, Ebran Theilacker, de 33 anos, destaca como chegou ao cargo na empresa que atua com funding e um ecossistema de soluções para incorporadoras de pequeno e médio porte do Brasil inteiro. Na empresa desde 2019, o jovem formado em Engenharia de Produção Mecânica começou como analista comercial após experiências como um intercâmbio no Vale do Silício e um emprego na RD.

“Desde o primeiro dia eu me envolvi em tudo que pude, indo bem além do escopo comercial. Com o tempo fui ganhando cada vez mais espaço e confiança, e no momento que assumi como CEO, o que alterou de fato foi o cargo, mas não mudou muita coisa na relação com clientes, investidores, time, pois foi uma jornada de construção” conta Ebran.

O CEO diz acreditar que os jovens precisam de humildade para escutar e aprender com os mais experientes. No caso, Ebran cita as inspirações do próprio pai, de quem ele busca a capacidade de comunicação, e do sócio na Versi, Jardel Cardoso, empreendedor por trás de outras startups como a CredPago:

“A gente não faz nada sozinho. Eu cheguei onde estou porque pessoas confiaram em mim, me deram oportunidades, e me ensinaram”.

Para Ebran, o maior desafio do líder jovem é lidar emocionalmente com situações complexas para quais não foi treinado ou teve experiência prévia:

“Nessas horas é bem importante o clássico IVP (Índice de Viração Própria). Para as questões emocionais, esporte e terapia vejo como essenciais. Acredito que o líder jovem tem a responsabilidade de inspirar transformação nas empresas”.

Embora atue em uma fintech, no meio da tecnologia onde há uma tendência de líderes mais jovens, os clientes e parceiros da Versi são ligados a um segmento mais tradicional da economia, o mercado imobiliário e a construção civil.

Ebran conta que sabia desde o início que isso poderia ser um desafio, mas afirma que conseguiu mostrar autenticidade estando em uma faixa etária abaixo da média para o setor. “Me visto com roupas que gosto e acho confortáveis, me comunico de um jeito natural. Acho que o líder jovem não precisa buscar ser igual ao que já está aí para ser respeitado. No meu caso, acho que o meu jeito e a história que construí na Versi tem me ajudado a ser reconhecido e valorizado para que a barreira da diferença de experiência seja superada”, finaliza.


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