Gestão de Terceiros em 2025: Desafios, inovações e incertezas
Por Almir Rocha, sócio da área de Gestão de Terceiros da Bernhoeft
A gestão de terceiros nunca foi tão complexa e, ao mesmo tempo, tão fundamental para o sucesso das empresas. Enquanto a globalização das cadeias de fornecimento abre portas para oportunidades e eficiência, ela também expõe as organizações a riscos sérios, como a exposição involuntária a situações de trabalho análogas à escravidão. Em 2025, estará cada vez mais claro que gerenciar terceiros não se trata apenas de cumprir obrigações legais, mas de proteger a reputação, garantir sustentabilidade e, acima de tudo, agir com responsabilidade social.
O cenário internacional para os próximos meses traz uma palavra-chave: automação. A adoção de inteligência artificial para otimizar processos operacionais na gestão de terceiros é uma tendência crescente. Ferramentas de IA oferecem análises preditivas, identificam riscos em tempo real e facilitam decisões baseadas em dados. Além disso, a integração de soluções e ferramentas é essencial para um gerenciamento eficiente e menos suscetível a falhas humanas.
Outro aspecto relevante é o foco em sustentabilidade e ESG (Environmental, Social, and Governance). O mercado global está cada vez mais exigente com relação a práticas socioambientais. Empresas que não implementarem processos rigorosos de gestão de terceiros correm o risco de se verem associadas a fornecedores que violam leis trabalhistas e ambientais. Isso não apenas afeta a reputação, mas também compromete resultados financeiros e relações com investidores.
O Brasil está em um momento interessante nesse contexto. Apesar das incertezas políticas e econômicas, o país continua atraindo investimentos internacionais. Isso traz oportunidades e desafios. Por um lado, há uma demanda crescente por uma diversificação da cadeia de suprimentos. Por outro, a fiscalização e os requisitos de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) exigem uma abordagem cada vez mais detalhada e transparente.
Nos últimos 10 anos, houve uma redução de 25,6% nos acidentes fatais de trabalho, segundo o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho. Com isso em mente, as empresas precisam seguir fortalecendo suas políticas de gestão de terceiros. A pesquisa ‘GRT Trends’, divulgada no evento de mesmo nome, transmitido em dezembro do ano passado, sobre tendências de Gestão de Terceiros, revelou que 81% das empresas pretendem entender melhor as dores, definir propósitos, objetivos e metas claras para a gestão de terceiros. Isso indica que a conscientização sobre o impacto dessa área no negócio está crescendo.
A pesquisa também mostrou que 79,2% das empresas querem estruturar dados em relatórios estratégicos. Isso reflete a necessidade de tomar decisões baseadas em análises concretas e não em intuições. O dado mais animador, no entanto, é que 75,3% das organizações estão buscando maior apoio da alta direção para implementar medidas mais eficazes com fornecedores. O apoio de lideranças é fundamental para a efetividade das políticas de gestão de terceiros.
Por fim, 62% das empresas planejam intensificar a divulgação interna dos programas de gestão de terceiros. Isso significa envolver mais os colaboradores e garantir que todos entendam o compromisso da empresa com a responsabilidade socioambiental.
A gestão de terceiros em 2025 será um campo de inovações tecnológicas, maior transparência e compromisso social. Empresas que negligenciarem esses aspectos estarão fadadas a enfrentar riscos cada vez mais sérios. Estamos diante de um novo paradigma, onde a responsabilidade com a cadeia de fornecimento se torna uma exigência moral e estratégica. As empresas que compreenderem isso sairão na frente, construindo negócios sustentáveis e preparados para os desafios futuros.
*Almir Rocha é entusiasta de tecnologia, métodos de gestão e produtividade, com foco no desenvolvimento de pessoas e no Sucesso do Cliente (CS). Com mais de uma década de experiência na área de Gestão de Riscos com Terceiros, Almir já prestou consultoria a grandes empresas nacionais e multinacionais, ajudando na identificação e mitigação de passivos trabalhistas. Seu histórico inclui atuação na estruturação de processos e Gestão da Qualidade, além de liderança em equipes e projetos orientados por metodologias ágeis. Atualmente, está sócio e responsável pela área de Gestão de Terceiros da Bernhoeft.
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