Falta de peças: Eis um grande problema para os segurados, corretores, oficinas e seguradores
Em todo o mundo, o mercado de peças usadas é uma opção sempre à mão para reparos de automóveis. No Brasil, inclusive, é um mercado em pleno desenvolvimento. Outrora marginalizado pelos setores públicos, cada dia mais se criam ferramentas e leis para inibir a manutenção de um mercado ilegal, com peças providas pelos roubos de automóveis. Porém, para o mercado de seguros ainda não há um consenso de fornecimento de peças usadas.
De certa forma, a indústria do seguro está plenamente preparada para o fornecimento de peças usadas, com certificação, para reparação de automóveis. Concretamente, e embarcada há muitos anos nisso, viu seus planos falharem a cada abordagem, para uma autorização em massa de peças usadas.
A última tentativa tem sido os planos de seguros econômicos, mas essa visão ainda não é um sucesso de opinião entre corretores - que vendem, e segurados - que compram os pacotes.
Nos últimos anos, devido à pandemia mundial, estamos sofrendo com a falta de peças dos automóveis. Todos, sem exceção, são desejosos de que isso se normalize logo, mas ainda não está nos parâmetros desejáveis.
A falta de peças faz com que os carros fiquem parados em oficinas, sem previsão de retirada. A falta de peças produz insatisfação, demora, aumento dos preços de seguros e peças, despesas extras por parte de todos, retrabalhos, agenda lotadas e rotinas de cobrança etc.
Não é novidade que (parte das) seguradoras têm o compromisso de elas mesmas fornecerem as peças dos veículos sinistrados. Bem como em algumas vezes permitir que os prestadores de serviços façam isso. Neste caso, obtém certeza da origem e reduzem custos, que impactam no preço do seguro.
A falta de peças também é um dos grandes motivos de insatisfação e fidelização dos clientes nas seguradoras sob demanda. E esses mesmos clientes derramam suas agonias nos corretores de seguros, que repassam para as seguradoras.
A solução não é fácil e nem rápida. A logística das montadoras mudou para sempre. Hoje, a peça em estoque é um quesito raro e é necessário um BO. Em compensação, precisamos pensar numa solução durável e que tenha um efeito positivo no mercado de seguros e autopeças.
Como corretor de seguros, porém, sou absolutamente contra o fornecimento de peças mecânicas e de segurança usadas no mercado de seguros. Também, ainda sou resistente ao fornecimento de peças usadas de maneira generalizada, mas tenho que admitir que o mundo e os conceitos mudaram drasticamente. Porque não se trata de uma simples rotina comercial, mas dos efeitos catastróficos que a falta de peças de reposição tem neste nosso país. Portanto, impacta na humanidade, e no tempo faz a consciência mudar.
Essa situação tem afetado milhões de situações críticas do planeta. Ambulâncias, carros de polícia, carros de agentes públicos, máquinas, tratores e escavadeiras no setor público e o mesmo dilema nos personagens e objetos do setor privado.
Admito, a solução não é fácil e nem prazerosa para uma parte significativa dos envolvidos neste problema. Um estudo e reuniões com o órgão público (SUSEP) são necessários. O Legislativo também deveria conversar sobre o tema. A situação é precária em grande medida. Há que se chegar a um consenso.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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