O que as organizações esperam do colaborador

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. Candidatos a uma vaga de emprego se dedicam horas a fio a cursos de capacitação com o objetivo de se destacar dos demais. A especialização é, realmente, importante no processo seletivo, mas, você já se perguntou o que as organizações esperam de um profissional?

Conhecimentos técnico e teórico são importantes para o exercício de uma função, independentemente da área de atuação. No entanto, o comportamento do colaborador tem grande relevância em seu desempenho dentro das organizações. Os comportamentos, hoje, chamados de soft skills – são um conjunto de habilidades e competências relacionadas ao comportamento humano – têm grande relevância na execução das atividades laborais e desenvolvimento de uma organização. É fato que todo colaborador é peça fundamental para o funcionamento de uma empresa e, por isso, se relacionar bem e demonstrar interesse pelo “todo” faz parte do processo.

É importante destacar que não existe um perfil comportamental único ideal a todas as empresas, já que as necessidades e demandas de cada organização variam dependendo do segmento, tamanho, cultura, objetivos e valores. No entanto, algumas características comportamentais são valorizadas por muitas empresas, independentemente do setor ou porte.

A proatividade, por exemplo, evidencia que o colaborador é capaz de ter iniciativas e de se antecipar às necessidades da organização. A capacidade de trabalhar em equipe é valorizada porque, geralmente, a maioria dos projetos exigem a colaboração de várias pessoas com diferentes habilidades e perspectivas. A resiliência é importante porque as empresas precisam de colaboradores que possam se adaptar a mudanças e se ajustar a diferentes situações. A comunicação clara, concisa e respeitosa é essencial em qualquer ambiente de trabalho. Por fim, não podemos deixar de falar da inovação, tão frequente no mundo atual, que é a capacidade de propor novas soluções e abordagens para os desafios empresariais e a Ética é uma característica fundamental em qualquer ambiente e um colaborador íntegro, honesto e responsável, é o único com chances de crescimento.

Hoje, toda empresa preza por profissionais que “vestem a camisa”, que pensa como dono, que demonstra interesse de crescer junto com a organização. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, se identificar com a cultura da organização é tão importante quanto apresentar comportamento adequado, conhecimento técnico e se relacionar bem com os colegas. Em minha experiência como gestor, posso afirmar que um colaborador que não se identifica com a cultura da empresa dificilmente fica por mais de dois ou três meses; ele próprio percebe que não se encaixa e busca por outras oportunidades. Do lado da empresa, estamos investindo cada vez mais no mapeamento do perfil comportamental dos colaboradores, para garantir contratações mais aderentes.

Ficamos bons naquilo que treinamos frequentemente. Comportamentos são importantes e podem desenvolvidos ao longo da vida, e por isso precisamos aperfeiçoá-los. Praticar o autoconhecimento, o desenvolvimento comportamental e manter um aprendizado constante acerca do que precisa ser melhorado são boas estratégias. Afinal, a repetição leva à perfeição.

O desenvolvimento de comportamentos ideais para o mercado de trabalho é um processo contínuo e pode levar tempo. Esteja disposto a se desafiar, a aprender com seus erros e ajustar seu comportamento quando necessário. Em geral o mundo corporativo tem adotado a máxima “mais vale um colaborador com vontade de aprender e fazer do que um ‘sabe tudo’ sem vontade de se desenvolver”.