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A Liderança e o desafio do aprendizado contínuo

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Juliana Garcia
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Por Janine Motta*

A importância do aprendizado contínuo (lifelong learning) é uma pauta que, positivamente, vem sendo cada vez mais discutida no ambiente corporativo brasileiro e global. Por sua vez, quando consideramos o movimento ágil das transformações (digitais, de metodologias de gestão e nos modelos de negócio das empresas), é natural que essa preocupação assuma um caráter central na realidade de organizações interessadas não só em manter os melhores colaboradores nas suas equipes, mas em permitir que eles expandam seus skills técnicos e comportamentais para que possam abraçar as novas demandas de uma economia em constante processo de mutação.

Não por acaso, os investimentos em educação corporativa têm crescido expressivamente no Brasil e no mundo.

A segunda edição da pesquisa HR Innovation, por exemplo, apontou que 76,5% das empresas do país pretendem priorizar o direcionamento de recursos para o desenvolvimento educacional de colaboradores, ao passo que, já em 2020, diante do cenário de pandemia, os investimentos em educação corporativa à distância atingiram US$ 250 bilhões em todo o mundo e devem crescer a uma média anual de 21% até 2028, segundo projeção da consultoria Verified Market Research.

Todos esses números são animadores e denotam que o alerta já está sendo absorvido entre as lideranças quando pensamos na formação do mercado de trabalho do futuro.

Todavia, invertendo o prisma dessa análise e partindo de observações empíricas do ambiente corporativo nacional, uma questão importante que merece ser colocada envolve o quanto, realmente, as próprias lideranças (coordenadores, gerentes, diretores, executivos C-Level) estão desenvolvendo novos skills no campo da gestão de pessoas e pesquisando tendências para aprimorar o relacionamento com suas equipes?

Em outras palavras: os líderes estão, de fato, se aprimorando sobre liderança?

Discutir esse ponto, a meu ver, é essencial, pois o fato é que liderança diz respeito não somente ao domínio técnico do campo de habilidades de uma área específica, mas a todo um hall de conhecimentos sobre relações humanas, psicologia, negociação, gestão de conflitos e, em suma, soft skills que não podem ser ignorados quando queremos extrair o melhor de nossos times e manter um clima organizacional saudável dentro de uma empresa.

Apenas para elucidar esse cenário, por mais competente que, por exemplo, um gestor de vendas seja do ponto de vista técnico (em relação ao domínio técnico de ferramentas, processos e workflow de rotinas operacionais) isso não garante que ele vá obter bons resultados no plano da gestão de pessoas – sobretudo dentro do contexto de um mercado mais diverso, dinâmico e no qual lidamos com colaboradores com alto poder de senso crítico e exigentes em relação a construção de suas carreiras.

Diante desse cenário, quando há um gap no domínio de habilidades de liderança, a tendência é que tenhamos equipes pouco engajadas e um baixo grau de produtividade que se reflete em perdas financeiras. Sobre o fator do engajamento, um estudo da Gallup de 2021 identificou que, globalmente, apenas 20% dos trabalhadores são engajados em suas empresas e que o baixo engajamento gera perdas de mais de US$ 8 trilhões na economia global.

Por sua vez, o trabalho das lideranças tem um papel direto nesse sentido: outro levantamento da consultoria apontou que os gerentes são diretamente responsáveis por 70% da variação nas pontuações de engajamento de seus colaboradores.

É aí que, acredito, entra a importância do aprendizado contínuo não só no desenvolvimento dos colaboradores a nível operacional, mas no sentido de que as empresas coloquem em seu radar tanto o direcionamento de recursos para a formação de novos líderes, quanto o apoio no desenvolvimento de suas lideranças atuais, de modo que elas possam abraçar as novas tendências gerenciais que crescem no mercado contemporâneo – liderança positiva, gestão horizontal, liderança por propósito, etc.

Também aqui esses investimentos tendem a se traduzir em frutos positivos e maior faturamento – revertendo o ciclo de perdas que citei acima –, além de contribuir para a formação de gestores mais confiantes e aptos para lidar com os diferentes perfis culturais, geracionais e psicológicos que tornam os ambientes corporativos contemporâneos mais plurais. Uma pesquisa publicada na Forbes, por exemplo, apontou que líderes excepcionais podem mais que dobrar o faturamento de uma empresa.

Concomitantemente, é importante que o movimento de aprendizado contínuo siga em mão dupla. Enquanto lideranças, é importante nos mantermos atualizados quanto às novas necessidades e tendências gerenciais de uma economia em transformação. E as fontes para isso são vastas: de cursos e networking a um mercado editorial vasto que constantemente se renova com publicações sobre liderança.

Pois, em essência, o lifelong learning nada mais é do que uma busca permanente na vida de qualquer profissional que almeja construir uma carreira bem-sucedida e, em se tratando de gestão de equipes e liderança, se aprimorar pode ser também o caminho para inspirarmos futuros líderes – ou, como bem disse Michelle Obama, o sucesso é também a diferença que fazemos na vida de outras pessoas.

*Janine Motta é comunicóloga, jornalista e profissional do marketing. Atualmente é Growth Marketing Lead da unico, a maior Idtech do Brasil.


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