TDAH terá uma semana nacional de conscientização
O transtorno atinge entre 3% e 5% das crianças no mundo; psicóloga explica como ele acontece, as suas consequências dele e como seus sintomas podem ser detectados
Os sintomas podem ser erroneamente interpretados como maus comportamentos e esse erro pode impactar negativamente as relações escolares, familiares e sociais
Um projeto de lei aprovado em 28 de junho pelo Senado Federal propõe a criação da Semana Nacional de Conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ela deve acontecer sempre no período próximo do dia 1º de agosto, promovendo ações de conscientização e esclarecimento da população sobre o que é esse transtorno e a importância do diagnóstico e do tratamento precoce. O texto da lei, que também já passou pela Câmara dos Deputados, está agora sob a análise do presidente Jair Bolsonaro, que poderá sancioná-lo ou impor vetos.
O TDAH é um transtorno neurobiológico, que aparece ainda na infância e acompanha o indivíduo durante toda a vida, ou seja, não tem cura. Ele requer diagnóstico médico específico e tratamento, que pode ajudar na redução de sintomas e convivência. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o distúrbio afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar no mundo, com prevalência maior no sexo masculino.
Os sintomas iniciam-se exatamente nessa fase, e três sinais são considerados os principais indícios: desatenção, hiperatividade e comportamento impulsivo.
De acordo com estudos, o TDAH é um transtorno de causa genética. Os indivíduos têm predisposição a partir de alterações nos neurotransmissores - dopamina e noradrenalina -, que fazem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro. Também existem pesquisas em desenvolvimento sobre possíveis fatores ambientais e neurológicos, mas ainda não há comprovação adequada.
O TDAH pode ser dividido em três tipos: com predomínio de desatenção, hiperatividade/impulsividade e combinado. No primeiro caso, os pacientes apresentam dificuldade de concentração e para se organizar, se distraem facilmente e cometem erros por descuidos. Já no segundo, os portadores são inquietos, agitados e falam muito. E no último, os sintomas se misturam.
Como os sinais do transtorno aparecem na infância, geralmente antes dos sete anos, o diagnóstico é clínico, feito por especialistas, como neurologista, psicólogo, psiquiatra e pediatra, com investigação total no comportamento do paciente em diversos ambientes, como escola, casa e trabalho.
“O primeiro passo, e mais decisivo, é o diagnóstico. Os sintomas podem ser erroneamente interpretados como maus comportamentos e esse erro pode impactar negativamente as relações escolares, familiares e sociais”, explica Ana Noriko, psicóloga e professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco).
Após a confirmação do TDAH, o tratamento é iniciado, variando de acordo com a existência de comorbidades ou outras doenças. Comumente é indicado a psicoterapia, acompanhamento de uma equipe multidisciplinar - especialmente quando se é criança - e a prescrição de remédios.
“Alguns casos irão precisar de abordagens mais diretivas, como as comportamentais, cognitivas, cognitivo-comportamentais, ABA, entre outras. As terapias ajudarão a criar estratégias para o controle de sintomas, além de auxiliar a pessoa a encontrar meios para conhecer mais a respeito do seu modo de funcionamento e como lidar com os sentimentos e emoções”, salientou a psicóloga.
As dicas que a psicóloga dá para familiares e amigos que lidam com pessoas com TDAH têm a ver com observação, paciência e escuta. “Se você cogita que algo não está dentro do esperado para seu filho, leve-o para uma avaliação, o diagnóstico é essencial. É preciso ter paciência e adesão aos tratamentos propostos, além de criar um ambiente estável, acolhedor e compreensivo. É necessário informação, cuidado e acolhimento”, afirmou Ana.
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