O Open Insurance é uma evolução para o setor de seguros?

Insurance CIO_Open InsuranceOferecer produtos e serviços financeiros que atendam melhor as necessidades dos clientes é a grande promessa do Open Insurance. No entanto, profissionais que atuam no setor divergem sobre os resultados que a abertura pode trazer para o mercado.

O open insurance representa desafios e oportunidades. Por isso, o assunto foi debatido na 18ª edição do Insurance CIO, publicação da editora Cobertura com o objetivo de oferecer uma visão estratégica para líderes de tecnologia em seguros.

O compartilhamento de dados gera opiniões controversas, pois favorece a criação e oferta de produtos mais assertivos aos segurados, mas tende a ampliar a concorrência tanto para corretores quanto para seguradoras, com a entrada de novos players interessados na versatilidade dos produtos.

“Não bastasse toda a complexidade envolvida nesse projeto, ainda temos uma intensa agenda regulatória a atender, além de um cenário econômico bastante desafiador pela frente. O setor tem mostrado sua resiliência e sua capacidade de vencer os desafios que se apresentam. Estamos confiantes que, ao final dessa jornada, teremos um ambiente de negócios que favorecerá a competição e o atendimento das necessidades dos consumidores com maior agilidade”, avalia Alexandre Leal, diretor Técnico e de Estudos da CNseg.

Na visão de Fabio Dragone, diretor de Inovação, CRM e Digital da Bradesco Seguros, como todo processo de inovação, o open insurance tem a intenção de aprimorar o mercado segurador, acenando com uma experiência facilitada para o consumidor. “Entretanto, diante de uma mudança tão profunda e abrangente, nossa visão é a de que precisamos amadurecer o debate sobre o modelo de open insurance a ser implantado no Brasil, com o objetivo de preservar a eficiência do nosso mercado.

Para Kleber Santos, VP of Business Strategy do Grupo FCamara, há um desafio na integração com sistemas legados para modelo de open insurance com uso de APIs, principalmente pelas informações estarem em diferentes sistemas e necessitarem passar por um processo de normalização e Data Quality. “No Grupo FCamara, por exemplo, oferecemos aceleradores de open insurance, que são modularizados e oferecidos no modelo SaaS, PaaS e On-Promisses”.

O Open Insurance está na fase 2 e na visão da Susep representa uma evolução natural de um processo de digitalização e integração do setor, que irá oferecer condições de infraestrutura adequadas para o compartilhamento de dados, conforme seja o desejo do cliente. Confira o que dizem os profissionais do setor no Insurance CIO.