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Arie Halpern: transição para carros verdes avança, mas ainda enfrenta obstáculos

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Os dilemas e controvérsias no caminho para tornar a frota global de veículos em modelos elétricos.

As montadoras de veículos estão investindo altas quantias em recursos financeiros na corrida para o desenvolvimento de modelos elétricos. Alguns desses novos modelos devem chegar ao mercado este ano, além das dezenas que já estão rodando em algumas cidades do mundo.

A Renault Nissan, por exemplo, anunciou recentemente o lançamento de 35 novos modelos elétricos até 2030. Há poucas semanas, e com diferença de cinco dias, Toyota e Volkswagen tornaram públicos os seus planos. A montadora japonesa anunciou o lançamento de uma linha completa de carros elétricos a bateria até o fim da década. E a alemã lançará, entre outros modelos, uma kombi elétrica autônoma.

Os veículos elétricos conquistaram uma fatia muito maior do mercado global de automóveis em 2021, com as vendas mais que dobrando, mesmo com o contexto turbulento da pandemia e seus efeitos para a indústria. Segundo dados da consultoria LMC Automotive, as vendas globais de veículos elétricos a bateria (EVB) atingiram 4,5 milhões de unidades e representam uma fatia de 6,3% do total. Em 2020, foram 2,1 milhões.

Mas, apesar dos anúncios de milhões de reais em investimentos e do lançamento de novos modelos, com recursos cada vez mais sofisticados, a transição para os veículos elétricos não avança tão rapidamente quanto se supõe - e ainda há uma série de obstáculos em seu caminho. Líderes de alguns dos grandes players globais já consideram muito ambiciosas as metas que haviam sido definidas, como a de ter 50% da frota composta por modelos elétricos até 2050.

As estratégias e avanços para a transição variam muito entre os fabricantes, que a cada ano fazem novas previsões, algumas vezes um tanto vagas, de quando terão uma frota 100% elétrica e quando encerrarão a produção de carros movidos a gasolina ou diesel. Um dos poucos consensos entre os especialistas é que a Tesla, empresa do bilionário Elon Musk, está em vantagem nesta corrida.

Os governos, por outro lado, estão aumentando a pressão para que os fabricantes de veículos reduzam suas emissões de gases de efeito estufa e foquem na eletrificação.

A União Europeia, por exemplo, multará as montadoras que não reduzirem as emissões médias anuais de suas frotas em 15% até 2025 e 37,5% até 2030, em comparação com os níveis de 2021. A partir de 2035 o bloco quer proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis. Além da definição de metas e prazos, muitos oferecem créditos de emissões para veículos elétricos ou investimentos em redes de pontos de recarga.

Esses incentivos também começam a entrar na lista de desafios. Alguns deles estão expirando ou próximos do prazo de término. Isso pode fazer com que os preços dos carros fiquem mais caros, ou que a construção de infraestrutura avance de forma mais lenta.

O tripé formado por baterias, autonomia e rede de abastecimento é um dos maiores obstáculos a serem superados. Nele estão dilemas como a relação entre o tamanho e peso das baterias e autonomia - baterias maiores e mais pesadas conferem maior autonomia, mas prejudicam o desempenho e reduzem o espaço interno. Essa relação também interfere na demanda por maior quantidade de pontos para abastecimento. Tudo isto sem mencionar a questão da vida útil e o descarte de baterias.

Enquanto a evolução da tecnologia se encarrega de encontrar soluções para a questão das baterias, a instalação de redes de pontos para abastecimento parece mais desafiadora. O investimento deve ser governamental ou privado? Se privado, será feito pelas montadoras, pelas chamadas companhias de petróleo ou por empresas de energia? Uma rede privada deve atender a todos os fabricantes ou cada um terá sua própria? O fato é que ainda há pouco investimento sendo feito neste sentido. Até agora, somente a Tesla implantou uma boa rede de abastecimento.

Outro ponto controverso é se a transição para a mobilidade elétrica deve ou não passar por uma etapa de modelos híbridos. Há quem argumente que os híbridos, mais baratos, facilitariam o acesso e possibilitariam às pessoas uma adaptação mais suave.

Por fim, mas não menos importante, é essencial saber se haverá energia suficiente para atender o aumento na demanda. E, mais importante que isto, a transição para carros elétricos só faz sentido se forem alimentados por energia proveniente de fontes renováveis. Muitos países no mundo ainda produzem energia elétrica a partir de carvão ou outras fontes fósseis, por exemplo. Do contrário, não haverá os benefícios desejados.

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