Receita da Hapvida sobe 61,6% e lucro supera estimativas

O Valor Econômico informa que a operadora de planos de saúde Hapvida apurou um lucro líquido de R$ 247,8 milhões, alta de 16,7% no terceiro trimestre. O resultado veio acima das projeções do mercado, que esperavam um resultado semelhante ao do ano passado. A receita líquida cresceu 61,6%, para R$ 2,1 bilhões.

O maior avanço veio no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), que saltou quase 94% para R$ 512,2 milhões de julho a setembro. A margem Ebitda aumentou quatro pontos percentuais atingindo 24% no período.

“O aumento no Ebitda superior à receita mostra nossa eficiência operacional, que ocorreu devido ao menor volume de procedimentos médicos por causa da pandemia e também devido às sinergias dos negócios adquiridos”, disse Bruno Cals, diretor superintendente financeiro e de relações com investidores da Hapvida. No balanço do terceiro trimestre, estão contabilizadas as aquisições dos grupos São Francisco e América. Os ativos ainda devem apresentar ganhos de sinergias até o próximo ano.

De julho a setembro, o lucro líquido apresentou variação inferior à da receita e Ebitda em decorrência também de efeitos contábeis dessas compras. A taxa de sinistralidade ficou em 57,5%, o que representa uma redução de três pontos percentuais quando comparado ao mesmo período de 2019, ainda como reflexo do menor volume de procedimentos. Em algumas praças de atuação da Hapvida, as atividades não foram totalmente retomadas.

A operadora encerrou o trimestre com 3,5 milhões de usuários de convênio médico e 2,8 milhões de plano dental – o que coloca a companhia como uma das maiores operadoras de planos de saúde do país. Parte desse desempenho veio das aquisições dos grupos São Francisco e América, feitas no ano passado. A companhia conquistou no trimestre, 182 mil novos usuários de forma orgânica, sendo deste total 37 mil de convênio médico e 145 mil de plano odontológico.

O crescimento na base da carteira não foi proveniente de guerra de preço. O tíquete médio foi de R$ 198, 44, aumento de 7,6%. “Ganhamos novos clientes, a pessoa física voltou a adquirir planos de saúde e dental, também houve crescimento na base de clientes de planos de saúde por adesão e as empresas pararam de demitir, o que ocorreu no começo da pandemia”, disse o diretor financeiro da Hapvida.

A companhia encerrou o terceiro trimestre com uma rede própria formada por 446 unidades, mais do que o dobro de um ano antes. Deste total, 41 são hospitais, 188 clínicas, 175 centros de diagnósticos e 42 pronto atendimentos.